Ministra da Saúde volta a alertar para a “responsabilidade individual”, numa altura em que as máscaras já não são obrigatórias.

A ministra da Saúde, Marta Temido, voltou a recomendar, esta quarta-feira, o uso de máscara de proteção contra a Covid-19, sobretudo junto dos mais vulneráveis. “O uso da máscara deixou de ser legalmente obrigatório, mas não deixou de ser uma recomendação”, alertou a ministra, em declarações aos jornalistas, em Coimbra, onde está para assinalar o Dia da Criança. about:blank

“Portanto, é uma questão de responsabilidade individual e de avaliação de circunstâncias”, notou, referindo que as pessoas devem “tentar utilizar a máscara”, sobretudo, quando estão “com pessoas mais vulneráveis”, acima de uma determinada faixa etária ou com “características imunológicas mais vulneráveis”.

Marta Temido adiantou ainda que esta semana foi “concluída” a nova fase de vacinação contra a Covid-19 em lares, nas situações em que estas pessoas estavam elegíveis para receber a segunda dose de reforço. No mês de junho, que hoje arranca, inicia-se “o reforço da vacinação aos mais de 80 em ambulatório”.

A ministra da Saúde destacou também que o plano de vacinação para o outono contra a Covid-19 já está “preparado”, estando agora ser “afinadas algumas questões” para ser apresentado. É de realçar que a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, tinha revelado, na semana passada, que, até 9 de junho, o Ministério da Saúde iria anunciar as decisões relativas a este plano. 

A governante notou que deverá ser feita uma campanha de vacinação que vai incidir sobre os mais vulneráveis, coincidido com a vacina da gripe, e garantindo que “as pessoas são protegidas antes de um eventual novo pico associado a temperaturas mais adversas”.

Questionada sobre o elevado número de profissionais de saúde infetados, Marta Temido admitiu que este “é um fator de preocupação”, mas assegurou que o Serviço Nacional de Saúde está a procurar responder à situação.

“É um fator de preocupação, não só pela saúde dos próprios, mas pela disrupção que isso causa na organização das equipas. Temos estado a procurar responder. Sabem todos, que temos tido picos de procura que têm causado constrangimento ao funcionamento normal, estável, que gostaríamos de ter, mas estamos cá para responder”, completou.