A Polícia de Segurança Pública está a investigar se alegados elementos dos No Name Boys, uma claque afeta ao Benfica, ajudaram o grupo de adeptos do Hajduk Split a entrar na cidade vimaranense sem serem detetados pelas autoridades. Das 154 pessoas ligadas aos distúrbios de Guimarães que ocorreram na noite de terça-feira, 23 têm nacionalidade portuguesa. Meios para conter a violência foram insuficientes.
O jornal Público adianta que a Polícia de Segurança Pública está a investigar como é que os membros da Torcida Split, claque afeta ao Hajduk Split, entraram em Portugal sem serem detetados pelas autoridades, suspeitando do auxílio de alegados elementos dos No Name Boys, claque não-oficial afeta ao Benfica.
Os distúrbios ocorridos em Guimarães ocorreram na véspera da partida de hoje a ocorrer entre o Vitória Sport Clube, da cidade vimaranense, e o Hajduk Split, da Croácia, a contar para a segunda-mão da terceira eliminatória da Liga Conferência Europa de futebol.
Num comunicado divulgado hoje, o Comando Distrital de Braga da PSP confirma ter recebido queixas sobre “aproximadamente 100 indivíduos” a “causar distúrbios”, incluindo “arremesso de mobiliário de esplanadas e deflagração de artefactos pirotécnicos” por volta das 22:30 de terça-feira. A PSP diz que os adeptos abandonaram depois Guimarães em cinco autocarros com destino ao Porto.
“Após estarem reunidas todas as condições de segurança”, a PSP abordou os autocarros e identificou 122 cidadãos croatas, 23 portugueses e nove adeptos de outras nacionalidades, tendo ainda apreendido “um pote de fumo, uma soqueira e um passa-montanhas”.
Escreve o Público que os adeptos croatas em causa entraram em Portugal evitando usar o aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, e preferindo recorrer a viaturas descaracterizadas para atravessar a fronteira e chegar a Guimarães sem serem detetados.
Para tal, a PSP suspeita que terão obtido auxílio logístico por parte de supostos membros dos No Name Boys, já que os autocarros intercetados no Porto pelas autoridades tinham matrícula portuguesa e tendo ficado apurado que muitos dos croatas identificados iam ficar alojados em zonas nos arredores ao concelho de Guimarães.