Foi aprovado na sexta-feira à noite, na Assembleia Municipal de Braga, o regulamento do bem-estar animal proposto pelo Executivo. Apenas o Chega se absteve, mas os restantes partidos, apesar de votarem favoravelmente, sugeriram alguns ajustes.

O referido regulamento dá nota de uma série de deveres e obrigações. Por entre os vários pontos, destaque para a prática de crime em caso de abandono intencional de animais na via pública, assim como em situações de maus-tratos quando daí resultar a morte do animal. Pressupõe ainda que todos os que testemunhem ou suspeitem da prática de maus tratos a animais de companhia devem alertar as autoridades policiais.

O PAN contribuiu para a elaboração deste documento com 92 propostas, das quais foram aceites 25, em colaboração com associações e munícipes. Na sua intervenção, o deputado Municipal Tiago Teixeira destacou o que considera ser alguns dos pontos positivos, como sejam a publicitação, nas redes sociais, das fotografias dos animais para adoção no Centro de Recolha Oficial (CRO) ou a prova dos boletins de vacinação em formato digital. Contudo, «nem tudo são rosas» e o responsável teceu algumas críticas negativas, nomeadamente pelo facto de este regulamento continuar a «não proteger os bracarenses que substituem o município e alimentam os animais de rua» e de os microchips dos animais não ficarem registados no nome da Câmara mas sim de associações, o que considera ser «uma atitude de desresponsabilização» por parte da autarquia.