O presidente brasileiro visita o país entre os dias 22 e 25 deste mês.
Depois de muitas dúvidas e contestação por parte da Iniciativa Liberal, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva vai mesmo marcar presença numa sessão de boas-vindas no Parlamento durante o 25 de Abril.
A notícia foi anunciada após a conferência de líderes desta quarta-feira, avança a SIC.
A sessão de boas-vindas será às 10h, antes da cerimónia solene de comemoração do 25 de Abril, que está marcada para as 11h30.
A visita de Lula da Silva já tinha sido confirmada em fevereiro, quando o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, antecipou a novidade antes desta ser anunciada pelo presidente da Assembleia da República.
Augusto Santos Silva confirmou depois a presença do presidente brasileiro em solo português durante a comemoração da Revolução de Abril, mas esclareceu, após manifestações de grande descontentamento por parte da direita parlamentar, que Lula da Silva não marcaria presença na cerimónia solene.
Na terça-feira, a Iniciativa Liberal voltou a mostrar-se contra a vinda do presidente, eleito nas últimas eleições presidenciais brasileiras que afastaram o nacionalista Jair Bolsonaro do poder, prometendo que deixaria a bancada com apenas um dos seus oito deputados no hemiciclo.
Também o Chega tem sido claro na sua insatisfação quanto à vinda de Lula da Silva. Numa sessão parlamentar, André Ventura chamou mesmo o presidente de “bandido”, algo que mereceu uma condenação perentória por parte de Santos Silva face ao insulto contra um chefe de Estado eleito, de um país que partilha a língua portuguesa.
Lula da Silva estará em Portugal entre os dias 22 e 25 de abril para a cimeira luso-brasileira. Num dos dias, a 24 de abril, o líder brasileiro deverá marcar presença na cerimónia de entrega do Prémio Camões ao escritor e músico Chico Buarque, no Palácio de Queluz.
Pouco depois de ter sido eleito nas presidenciais, o líder do Partido dos Trabalhadores brasileiro visitou Portugal em novembro, antes de ir à COP27, no Egito, rompendo com um distanciamento provocado por Jair Bolsonaro que, nos seus quatro anos no Palácio do Planalto, nunca visitou o país.