A Câmara Municipal de Esposende pretende demolir cerca de 180 construções na zona da praia da Apúlia, dado o “risco evidente” para a população e os seus bens, do avanço da linha da água. Este desejo provoca, no entanto, o descontentamento dos moradores e proprietários, segundo avança o Jornal de Notícias.

Na passada terça-feira à noite, houve uma reunião que reuniu mais 50 moradores, proprietários e pescadores, onde esteve presente o presidente da Câmara, Benjamim Pereira.

Esta mudança terá como investimento mais de 15 milhões de euros. Contudo, não deverá começar nos próximos dois anos e “respeitará sempre” os moradores.

“O mar está cada vez mais próximo e nunca nos vai dar tréguas”, afirmou na reunião o presidente. Além disso, refere que a maioria das construções são ilegais. As demolições serão na zona de Pedrinhas e Cedovém, na freguesia de Apúlia.

Entre as construções que serão demolidas, estão 14 habitações, cujos moradores serão realojados em casas que serão construídas num terreno que o Município vai adquirir, num investimento de cerca de 400 mil euros, e sete restaurantes que serão “relocalizados”.

Os moradores mostram, na reunião, descontentamento para com a decisão. Porém, o presidente da Câmara refere que o projeto não está fechado e que a Câmara abriu um período, até 4 de julho, para que o s interessados possam sugerir ideias.