Minhotos desperdiçaram vantagem que traziam da Eslovénia e ficam pelo caminho

O Vitória foi eliminado na segunda pré-eliminatória da Liga Conferência, ao perder com os eslovenos do Celje no desempate por penáltis, em encontro disputado em Guimarães.

Depois de ter vencido na primeira mão na Eslovénia por 4-3, a equipa vimaranense não conseguiu segurar a vantagem em casa e um golo de Bajde, aos 65 minutos, colocou o Celje com a eliminatória igualada.

O encontro não voltou a sofrer alterações no marcador no tempo regulamentar e prolongamento, pelo que esta pré-eliminatória teve de ser resolvida nos penáltis, nos quais o Celje foi mais eficaz, vencendo por 4-2.

Com o Vitória fora, a representação portuguesa na prova está agora a cargo do Arouca, que vai entrar em ação na terceira pré-eliminatória, na qual vai defrontar os noruegueses do Brann.

Declarações de Moreno, treinador do Vitória de Guimarães, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques após a derrota nos penáltis frente ao Celje, que faz o conjunto vimaranense cair nas provas europeias:

«Não há como fugir, foi uma desilusão muito grande. Do outro lado estava uma equipa com qualidade e provou isso no jogo. Senti a equipa intranquila, essencialmente com bola, não teve a tranquilidade necessária para circular a bola, mas mesmo assim conseguiu criar oportunidades. Tivemos algumas oportunidades, o golo dar-nos-ia a tranquilidade, mas pior do que isso sofremos o golo. Nesta fase da época ir para prolongamento foi complicado, não tivemos frieza para chegar com tranquilidade a zonas adiantadas».

«Não tenho nada a apontar aos nossos atletas, que foram fantásticos. É uma frustração grande neste momento e a minha preocupação é preparar a equipa a nível mental. Ainda nem começou o campeonato e não e fácil levar com uma desilusão destas. Mas, sei os homens que tenho no balneário e acredito que vai ser uma lição para o que resta da época».

«Faltou claramente finalizar. Tivemos três ou quatro oportunidades muito claras. Acho que faltou calma no momento de finalizar, porque a equipa até chegou com calma até ao último terço. Quero dar a cara pelo grupo, sou o grande responsável por esta desilusão, a equipa fez o que pedi, entregou-se, mas não conseguimos dar resposta. Vamos voltar já ao trabalho amanhã para preparar a primeira jornada, porque abordar o campeonato com a exigência do nosso com a frustração que existe não é o caminho».

[Confiança a mais?] «Não acho que a equipa tenha entrado confiante a mais, acho que foram responsáveis. Faltou circulação, respirar com bola e mais serenidade».

Albert Riera, treinador do Celje, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o triunfo nas grandes penalidades dobre o Vitória (2-4) nas grandes penalidades, que vale o apuramento para a 3.ª pré-eliminatória ao clube esloveno:

«Eu não sou ninguém para poder dizer o que falhou no Vitória. Hoje, na minha opinião, fomos melhores. Aprendemos com os erros que cometemos no primeiro jogo, analisámos o jogo e tentámos melhorar, com informação sobre o que tínhamos a fazer. O plano traçado funcionou. O mérito é dos jogadores, que estiveram em campo e fizeram um excelente jogo, a nível posicional. Durante todo o jogo, em minha opinião, fomos melhores esta noite».

[Prepararam-se para os penáltis?] «A última coisa que fizemos ontem antes de ir para o banho, no treino, foi treinar penáltis porque todos os pormenores contam».

[Triunfo importante perante uma equipa forte?] «O Vitória era favorito e continua a ser. Ficou em sexto lugar num campeonato muito competitivo, o orçamento é cinco ou seis vezes superior, não sei se foram arrogantes a preparar o jogo, tal como perguntam, mas o favoritismo é apenas no papel. Conseguimos uma boa vitória, um resultando importante não só para o Celje, mas também para o futebol esloveno».

«Estava confiante porque sei a equipa que tenho, e sei que evoluíram bastante. Disse que estávamos vivos, que a equipa estava viva e hoje mostramos isso. Acreditar na fase de grupos? Tenho de fazer os jogadores acreditar e fazer com que se continuem a divertir no campo».