O SC Braga bateu o Moreirense por 3-2, em jogo em atraso da 3.ª jornada da I Liga de futebol.

Os arsenalistas começaram a vencer, com um golo de Rony Lopes, aos 27, mas permitiram a reviravolta, por André Luís, aos 40, e Madson Monteiro, ainda na primeira parte, aos 45+1, e só voltaram a marcar na parte final do encontro, com o empate de Banza, aos 82, e o tento da vitória de Al Musrati, aos 90+6.

Com este triunfo, o Sporting de Braga subiu ao sétimo lugar, com os mesmos sete pontos do também minhoto Famalicão, enquanto o Moreirense permanece no 10.º posto, com quatro, em igualdade com Rio Ave, Vizela e Estrela da Amadora.

Neste jogo em atraso da 3.ª jornada da I Liga, em virtude dos compromissos dos arsenalistas na Liga dos Campeões, a equipa de Artur Jorge até foi a primeira a marcar, aos 27 minutos. Banza combinou com Álvaro Djaló, este colocou atrasado para o remate de Rony Lopes. Primeiro golo do jovem internacional português com a camisola do Braga.

Antes, Kewin tinha negado o golo aos guerreiros, aos 17 minutos, num livre batido por Álvaro Djaló que quase traia o guardião do Moreirense.

O Moreirense cresceu e ameaçou o empate aos 34 minutos. Um livre de André Luís foi desviado por Rony Lopes ao poste, num lance em que Matheus estava batido. O extremo quase que marcava nas duas balizas.

Aos 37 minutos, nova bola nos ferros do SC Braga. André Luís meteu atrasado, Alan rematou forte, a bola bateu com estrondo no poste.

Mas antes do intervalo, a equipa de Moreira de Cónegos operou a reviravolta no marcador. Primeiro por André Luís, aos 40 minutos. Após mau passe de Bruma, Franco recuperou e meteu ao segundo poste onde apareceu o avançado a empatar a partida.

Cinco minutos depois, a reviravolta. Camacho cruzou da esquerda, Madson Monteiro ganhou a Borja ao segundo poste e desviou para o 2-1.

Para o segundo tempo, Artur Jorge, treinador dos arsenalistas, lançou vários jogadores influentes como Pizzi, João Moutinho e Al Musrati.

Mexidas que ajudaram a equipa a chegar ao empate, aos 82 minutos. Álvaro Djaló desceu no seu corredor, ganhou a linha de fundo e centrou para o central Paulo Oliveira colocar em Simon Banza para o 2-2.

Quatro minutos depois, o árbitro Cláudio Pereira anulou ym golo a Antonisse, por fora de jogo.

Aos 88, nova ameaça do Braga. Uma bola que ressaltou em Frimping foi ter com Pizzi que atirou forte, para grande defesa do guarda-redes Kewin Silva.

No mesmo minuto 88, o Braga atirou aos ferros. Álvaro Djaló mostrou pontaria a mais, após passe de Roger, um dos homens lançados por Artur Jorge no segundo tempo.

No sexto dos sete minutos de desconto dados pelo árbitro Cláudio Pereira, o Braga fez a reviravolta no marcador e garantiu os três pontos, graças a um golo do médio líbio Al Musrati. O jogador do Braga subiu mais alto que todos ao segundo poste e desviou para o fundo das redes, após canto de Pizzi.

O SC subiu ao sexto lugar, com os mesmos sete pontos do também minhoto Famalicão, enquanto o Moreirense permanece no 10.º posto, com quatro, em igualdade com Rio Ave, Vizela e Estrela da Amadora.

eclarações de Artur Jorge, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, após o triunfo (2-3) sobre o Moreirense já nos derradeiros minutos do jogo:

«Esta é uma vitória que vale essencialmente por isso, pela vitória. É uma vitória totalmente dos jogadores, tivemos, e temos essa consciência, tal como os jogadores, que aquilo que fizemos na primeira parte esteve muito longe do que é a identidade do Sp. Braga. Ao intervalo tivemos a capacidade de tocar onde era preciso para ter paixão, alma e capacidade de superação para ir atrás do resultado que nos interessava, uma vitória. Vale pelos três pontos, poderíamos ter feiro mais ao longo dos noventa minutos».

[Moutinho e Pizzi na segunda parte. O que pretendia?] «Tem sempre muito a ver com alterar algumas dinâmicas, acrescentar energia, mais valia quando sentimos que a equipa está aquém. Na primeira parte fomos uma equipa muito apática, mesmo fazendo o golo e estando em vantagem. Houve a necessidade de poder alterar isso, para que a equipa se tornasse mais competitiva. Este sim, é o Braga que me apaixona, que luta até ao último minuto para ganhar, e o ganhar tem de estar na nossa mente em cada minuto do jogo. Só dessa forma levamos daqui três pontos, conseguimos superar-nos e levar um resultado que até poucos minutos do fim não era favorável».

[Paulo Oliveira na frente e Musrati mais recuado nos minutos finais] «Foi minha opção, precisávamos de mais gente na área, porque sabíamos que tínhamos gente nos corredores com capacidade de colocar a bola na área. O Musrati estava mais atrás num a fase em que precisávamos de mais critério. Sentimos necessidade ter mais gente com capacidade física e capacidade no jogo aéreo».

[Teve oportunidade de comunicar com os jogadores ao intervalo? O que lhes disse?] «O importante é que conseguimos passar a mensagem que no Sp. Braga a exigência é sempre máxima e não podemos desligar em momento algum».

Declarações de Rui Borges, treinador do Moreirense, na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, após a derrota (2-3) frente ao Sp. Braga já nos derradeiros minutos do jogo:

«Os primeiros 20 minutos foram muito aquém da nossa parte, estivemos muito receosos, sofremos o golo e conseguimos  libertar-nos. Criámos com bola, marcámos e demos a volta ao resultado com mérito. Chegámos ao intervalo a vencer com muito mérito, a construir com qualidade, a perceber o espaço para criar e a estacar as primeiras linhas do Braga. Na segunda parte o Braga posicionou muita gente no processo ofensivo, em alguns momentos estivemos mais baixos mas sem deixar o Braga criar perigo. Não criaram lances de perigo, mas tivemos imaturidade. Sofremos um primeiro golo num lançamento em que fomos passivos. O segundo golo é um pontapé para o ar, estava controlado, mas adormecemos; duas imaturidades nossas. O Braga marca dois golos dados, muita imaturidade nosso que não pode acontecer. O 3-2 é mérito deles. Não se percebe porque não nos deixaram fazer a substituição, era mais um homem a defender, mas não quer dizer que evitássemos o golo».

[Derrota dá alento pela forma como aconteceu?] «Estamos chateados e tristes. Podíamos ter saído com a vitória, fizemos por merecer, não há vitórias morais. Jogámos com duas boas equipas em casa, estivemos a vencer, mas acabámos derrotados. Fizemos bons jogos, mas perdemos por imaturidade nossa, de todos. Temos de seguir o trabalho, sabe muito a pouco estamos tristes pela derrota».

«Somos uma equipa, em geral, que quer ter personalidade a jogar, percebe que criamos boas dinâmicas com bola, mas temos pequenos erros que se calhar na Liga 2 não davam nada e aqui paga-se caro. São dores de crescimento. Num pormenorzinho com equipas grandes a sorte bate à porta deles. Temos de estar atentos aos equilíbrios, a momentos com bola, para não sairmos prejudicados».