Treze pessoas perderam a vida e outras 24 ficaram feridas na sequência de um incêndio que começou numa discoteca em Múrcia e se alastrou a outros estabelecimentos de diversão noturna.
Foram localizadas com vida as cinco pessoas que estavam desaparecidas, desde a madrugada de domingo, após o incêndio que devastou uma área de discotecas, na zona de Múrcia, em Espanha, provocando pelo menos 13 mortos.
Fernando López Miras, presidente da Região de Múrcia, confirmou que os desaparecidos já foram encontrados.
“Sabemos, há poucos minutos, que estava a falar com a Delegação do Governo, que não foram encontrados mais corpos, há 13 mortos e, pelo que me disseram, apareceram as pessoas que foram consideradas desaparecidas”, disse à imprensa local.
O número de desaparecidos gerou confusão ao longo das últimas horas, à medida que iam havendo novidades com o curso dos trabalhos no local mas também à medida que algumas das pessoas dadas como desaparecidas – muitas através de denúncias de familiares – conseguiam dar notícias. Duas pessoas cujo paradeiro era desconhecido e que foram hoje encontradas, por exemplo, disseram que foram a uma praia na área e que não tinham rede. Outras pessoas desaparecidas podiam estar na mesma situação, tal como notaram as autoridades.
Recorde-se que as autoridades espanholas ainda só conseguiram identificar três das 13 vítimas mortais do incêndio. De acordo com a imprensa local, as vítimas foram identificadas através de impressão digital. As autoridades asseguram que não há mais mortes porque toda a área de escombros já foi revistada.
Os dez corpos que continuam por identificar por estarem em elevado estado de decomposição irão ser sujeitos a testes de ADN, que serão comparados a amostras de possíveis familiares.
O incêndio, declarado cerca das 6 horas [hora local, mais uma do em que Portugal continental], alastrou-se a outros estabelecimentos adjacentes. Os bombeiros conseguiram apagar o fogo por volta das 8 horas.
A Câmara Municipal de Múrcia já declarou três dias de luto.
Trata-se do incêndio mais mortífero registado em Espanha num local de lazer, desde a tragédia vivida em 1990 na discoteca ‘Flying’, em Saragoça, onde morreram 43 pessoas.