Os dados mais recentes do Inquérito às Condições de Vida e Rendimentos (ICOR), realizado em 2023, relativos aos rendimentos de 2022, revelam que o número de pessoas em risco de pobreza aumentou para 17%. O Instituto Nacional de Estatística (INE) destaca que a pobreza aumentou em todos os grupos etários, afetando de forma mais significativa as mulheres. Em 2022, com uma população portuguesa contabilizada em 10.444,2 mil pessoas, quase 1.775.514 eram consideradas pobres.
Este aumento representa um acréscimo de 0,6 pontos percentuais em comparação com 2021, quando a taxa de risco de pobreza foi de 16,4%. Essa taxa, por sua vez, representava uma redução de dois pontos percentuais em relação a 2020. A taxa de risco de pobreza em 2022 corresponde à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos (por adulto equivalente) inferiores a 7.095 euros (591 euros por mês), conforme explica o INE.
O aumento da pobreza afetou todos os grupos etários, com um aumento mais significativo entre os menores de 18 anos, onde a pobreza aumentou 2,2 pontos percentuais em relação a 2021. A taxa de risco de pobreza dos adultos em idade ativa aumentou 0,4 pontos percentuais, enquanto a da população idosa aumentou 0,1 ponto percentual.