Ministério Público acusa cinco arguidos por mais de 20 crimes, incluindo roubos violentos, tráfico de droga e desmantelamento de viaturas
O Ministério Público (MP) acusou cinco pessoas de integrarem um grupo criminoso organizado, responsável por uma série de furtos de automóveis, assaltos a estabelecimentos comerciais e roubos a cidadãos, em vários concelhos do norte do país, incluindo Braga, Porto e Vila Nova de Gaia.
A investigação, conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, aponta como principal arguido o proprietário de uma oficina de reparação automóvel em Gondomar, que utilizava o seu espaço para desmantelar viaturas furtadas e reutilizar componentes em outros veículos.
Esquema sofisticado com uso de matrículas falsas e armas de fogo
De acordo com a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP), o grupo atuava de forma meticulosa, planeando previamente os assaltos e estudando as rotinas das vítimas, especialmente aquelas que transportavam elevadas quantias em dinheiro resultantes da atividade comercial.
Os crimes ocorreram entre junho de 2023 e julho de 2024, sendo utilizadas matrículas falsas, indumentária para ocultar o rosto e luvas para evitar deixar vestígios. O MP revela ainda que, em alguns casos, os assaltantes agrediam fisicamente ou ameaçavam as vítimas com armas de fogo.
O grupo furtou viaturas na via pública, assaltou lojas e empresas e praticou diversos roubos qualificados, apoderando-se de bens, dinheiro e até de uma mota de água.
Um dos arguidos tinha 829 doses de haxixe
Entre os acusados, destaca-se um arguido que se dedicava também ao tráfico de estupefacientes, tendo sido apanhado com 829 doses de haxixe. Outro detinha uma arma de fogo transformada.
A acusação do MP, proferida a 2 de junho, contabiliza mais de 20 crimes, incluindo:
- 8 de furto qualificado
- 5 de roubo qualificado
- 3 de falsificação de documentos
- 1 de tráfico de droga
- 1 de detenção de arma proibida
- 1 de condução sem carta
- Entre outros
Os ganhos ilícitos ascenderam a cerca de 98 mil euros, montante que o MP pretende ver declarado perdido a favor do Estado, salvaguardando os direitos das vítimas.
Medidas de coação aplicadas
Dois dos arguidos estão atualmente em prisão preventiva, enquanto outros dois cumprem obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica. Todos estão proibidos de contactar entre si e com as vítimas ou testemunhas.