Cada português produz em média 40 quilos de resíduos por mês e, por ano, o país soma quase cinco milhões de toneladas de resíduos, o peso de três pontes Vasco da Gama.
Os números fazem parte de um vídeo da responsabilidade de três entidades ligadas aos resíduos e que agora começa a ser divulgado, chamando a atenção para o facto de apenas se reciclarem 10% dos resíduos.
No vídeo diz-se que cada português produz 473 quilos de lixo por ano e também que, se as pessoas reciclarem “tudo” e “sempre”, podem contribuir, individualmente, para o reaproveitamento de cem quilos de produtos.
Recolher e tratar os resíduos custa 755 milhões de euros por ano, o equivalente a mais de 75 euros por cada cidadão, pelo que, afirma-se, quanto mais se reciclar menos pesada é a contribuição de cada um.
Com o título “Reciclar é agora”, o vídeo pretende sensibilizar para a necessidade de separar e reciclar as embalagens usadas, mostrando os impactos a nível ambiental, social e económico, e afirmando que é possível, com a reciclagem, separando “todas as embalagens, sempre e em qualquer lugar”, proteger o ambiente e dinamizar a economia.
Atualmente, diz-se também no vídeo, 16% dos resíduos são transformados em corretivos orgânicos a usar na agricultura e na floresta e 23% são transformados em energia. A gestão de resíduos é responsável pela criação de mais de 13 mil postos de trabalho.
O trabalho resulta de uma parceria entre a EGF, (Environmental Global Facilities, líder no tratamento e valorização de resíduos), a ESGRA (Associação para a Gestão de Resíduos, representando 14 sistemas de gestão de resíduos), e a ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, que nomeadamente assegura que as entidades gestoras desses serviços o fazem com qualidade e a preços acessíveis).
Teve o apoio da Sociedade Ponto Verde, que organiza e gere a retoma e valorização de resíduos de embalagens e que tem como um dos objetivos sensibilizar e educar para as melhores práticas ambientais.
O vídeo está disponível nas páginas na internet das entidades que o criaram e vai a partir de agora ser divulgado em todo o país, nomeadamente pelas entidades que tratam e valorizam os resíduos urbanos.