O Vitória de Guimarães venceu hoje o Sporting 3-2, na 13.ª jornada da I Liga de futebol, resultado que ainda mantém os ‘leões’ na liderança do campeonato, mas os impede de ganhar mais vantagem para os rivais.

O Vitória de Guimarães surpreendeu ao vencer hoje o Sporting por 3-2, na 13.ª jornada da Primeira Liga de futebol. Apesar desta derrota, os ‘leões’ mantêm-se na liderança do campeonato, com 31 pontos, apenas um à frente do Benfica, que ocupa o segundo lugar. No entanto, o FC Porto, em quarto lugar com 28 pontos, ainda pode alcançar o Sporting, dependendo do resultado do jogo contra o Casa Pia. O Vitória de Guimarães, por sua vez, reforçou o seu quinto lugar na tabela, agora com 25 pontos. Este resultado impede o Sporting de ampliar a sua vantagem na liderança e mantém a luta pelo título bastante competitiva na Primeira Liga portuguesa.

Declarações de Álvaro Pacheco, treinador do Vitória de Guimarães, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o triunfo (3-2) frente ao Sporting:

«Dedico esta vitória a esta moldura humana, a este ambiente, a este espírito, que nos ajuda a vencer. Penso que foi um grande jogo, com duas equipas a querer ganhar. Penso que acabamos por merecer a vitória pelo que fizemos ao longo do jogo. Defrontámos uma grande equipa, bem trabalhada há muito tempo pelo Rúben Amorim e que luta para ser campeão, mas a minha equipa manteve-se sempre coesa, fomos capazes de nos ajustar e ir em busca da nossa identidade. Mantivemos o jogo equilibrado, podíamos ter matado o jogo mais cedo, por isso penso que a vitória se ajuste pela nossa atitude e pela vontade».

[Estreou-se com o Rúben Amorim, vence o primeiro duelo frente a um grande também com o Rúben Amorim] «O meu primeiro jogo na Liga foi contra o Rúben, de quem sou amigo e admiro enquanto treinador, e a minha primeira vitória com um grande é também com o Rúben. Temos de estar contentes, não por isso, mas por esta ambição, esta vitória tem de dar mais responsabilidade para o próximo jogo. Quero ser campeão todos os dias; hoje fui campeão e amanhã vamos lutar para ser campeões outra vez. Foco-me com aquilo que posso fazer com os meus jogadores, no seu crescimento, na nossa capacidade de sermos melhores».

«Jogámos contra uma grande equipa, que esta em primeiro lugar, que em determinados momentos, começou a meter muita gente na esquerda para atrair a pressão e criar superioridade numérico. Houve uma altura que não fomos capazes de estancar esses momentos e levou-nos para trás. Mas esta moldura, este espírito, esta paixão, ajudou-nos a sair de lá de trás. Aliada a isso a competência tática. Fomos capazes de passar para a frente e conseguir a vitória».

[Terceiro treinador da época, mas o Vitória está estável] «Mérito do plantel, com caráter e com uma ambição muito grande, querem deixar marca no Vitória. Não foi criado por mim este plantel, mas tem caráter. Quando acreditamos as coisas acontecem, temos de perceber o crescimento que estamos a ter, a forma como está a acontecer, perceber o que temos de melhorar e o caminho que estamos a seguir. O mérito é do grupo, tenho um plantel fabuloso».

Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a derrota (3-2) frente ao Vitória de Guimarães:

«Ganha sempre a equipa que faz mais golos. Controlámos muito bem as transições do Vitória na primeira parte e depois, quando conseguimos marcar, chega aquele golo antes do intervalo que deu ânimo ao adversário. Sabíamos que na segunda parte íamos encostar o Vitória, mas também sabíamos que eles iam ser perigosos nas transições. Estivemos perto do 2-1 antes de sofrer. Ainda chegámos ao empate, mas os pormenores fizeram a diferença. Tivemos oportunidades. Não merecíamos, quanto a mim, perder, sofremos nos pormenores, em situações que não devíamos ter sofrido. Podemos controlar melhor o jogo, mas hoje senti que não deixamos o Vitória criar ocasiões, mesmo na segunda parte estávamos por cima, atrás do golo e com o Vitória muito baixo no terreno».

«Foi uma derrota diferente do que aconteceu com o Benfica. Ao fazermos o 2-2, que era tão difícil, não podemos depois sofrer o 3-2 numa situação daquelas, com todos os jogadores atrás da linha da bola. Temos de ser melhores nisso. Mas, mesmo depois do terceiro golo, tivemos a bola a entrar dentro da área e a faltar apenas empurrar para o golo. São os detalhes. O campeonato vai ser muito assim, temos de ser melhores. Neste jogo acabámos por sofremos as consequências do risco que quisemos correr. No final, o que eu penso é cumprimentar o adversário e ir embora, para um espaço onde posso estar sozinho e equilibrar-me. Começo a pensar no que podíamos ter feito melhor para depois estar aqui com alguma lucidez e passar a mensagem certa para os meus jogadores e para toda a gente. É um equilibrar e tentar ficar mais lucido. Todos os treinadores quando passam mais tempo com os jogadores e nas equipas ficam mais versáteis, mais conhecedores destes momentos. Sinto-me mais treinador, mas a melhor versão é sempre a que ganha. Sinto que temos uma capacidade para confundir mais os adversários, isso é verdade».