Líder do PSD aberto a confrontos ideológicos com o homólogo do PS, apesar da recusa deste em participar em frente a frente radiofónico.
O presidente do PSD, Luís Montenegro, reiterou hoje a sua completa abertura para participar em debates com Pedro Nuno Santos, líder do PS, destacando a importância de discutir as visões para o futuro do país. A declaração surge após a recusa de Pedro Nuno Santos em aceitar um convite para um debate radiofónico, que se seguiria ao debate televisivo agendado para o dia 19, entre os líderes dos dois maiores partidos portugueses.
Num comunicado conjunto emitido pelas direções editoriais da Antena 1, Observador, Renascença, e TSF, foi revelado que, embora Montenegro tenha aceitado o convite para o debate nas rádios, a recusa de Pedro Nuno Santos impede a sua realização. As rádios organizarão, no entanto, um último debate no dia 26, envolvendo todos os líderes com assento parlamentar.
Durante um percurso de cacilheiro entre Lisboa e Cacilhas, acompanhado por Teresa Morais, cabeça de lista por Setúbal da coligação AD (que junta PSD, CDS-PP, e PPM), Montenegro expressou a sua visão de que “todas as oportunidades são boas” para promover um confronto de ideias, sublinhando que a decisão de quem será o primeiro-ministro é primordial nas legislativas, e que os eleitores só têm efetivamente dois candidatos a considerar.
Montenegro aproveitou ainda a ocasião para destacar a necessidade de Portugal atrair mais investimento estrangeiro, como o caso da Autoeuropa no distrito de Setúbal, enfatizando a importância de políticas fiscais competitivas para o país se destacar na captação de grandes investimentos.
O líder do PSD também fez uma paragem num café em Cacilhas, onde, num momento de descontração, relembrou os tempos em que trabalhou num café durante a sua juventude. Este episódio serviu para ilustrar a sua proximidade com as realidades dos cidadãos e a importância do trabalho.
A recusa de Pedro Nuno Santos em participar no debate radiofónico e a abertura de Montenegro para o diálogo sublinham as estratégias divergentes dos dois partidos nas abordagens à campanha eleitoral, com o PSD a enfatizar a disponibilidade para o debate aberto e o PS a optar por uma estratégia diferente.