Decisão tomada após 44 polícias do Corpo de Intervenção apresentarem baixa médica simultaneamente antes de jogo de futebol.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou a extinção de um dos seus grupos operacionais do Corpo de Intervenção, após um incidente em que 44 agentes desta unidade apresentaram baixa médica de forma simultânea, imediatamente antes do jogo entre Benfica e Gil Vicente, realizado no domingo. Esta medida inédita visa assegurar o normal funcionamento e a integridade da Unidade Especial de Polícia (UEP), à qual o Corpo de Intervenção pertence.

Em resposta a este evento sem precedentes, o Comandante da UEP decidiu pela dissolução do 3.º grupo operacional, optando por redistribuir os agentes pelos outros grupos operacionais existentes em Lisboa e pela reativação do 6.º grupo operacional. Esta reorganização tem como objetivo principal manter a eficiência operacional da unidade, fundamental para a execução das suas missões de segurança pública.

A PSP, através de um comunicado, reforçou a sua confiança na UEP e nas suas subunidades, mas sublinhou que não tolerará atitudes que comprometam a capacidade de resposta e a imagem da instituição. O Corpo de Intervenção, destacado pela sua prontidão e pela relevância das suas funções no contexto da segurança pública, é composto por várias unidades operacionais distribuídas por Lisboa, Porto, e Faro, desempenhando um papel crucial em operações de grande escala e em situações de distúrbio.

O incidente levou à promoção de um processo de inquérito para apurar as circunstâncias que levaram a este número significativo de baixas médicas, visando identificar as causas e tomar as medidas adequadas para prevenir situações semelhantes no futuro. A decisão reflete a necessidade de manter a disciplina e a prontidão das forças de segurança, garantindo que estão sempre preparadas para cumprir com os seus deveres para com a comunidade.

Este acontecimento sublinha a importância de assegurar a assiduidade e a disponibilidade dos agentes da PSP, especialmente em unidades com responsabilidades especiais na manutenção da ordem pública. A reorganização interna busca garantir a continuidade e a eficácia da resposta policial em eventos de grande visibilidade e potencial risco para a segurança pública.