Presidente dos EUA reage às declarações de Trump, reafirmando o compromisso americano com a defesa dos parceiros da NATO.
Em declarações recentes na Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou veementemente os comentários feitos pelo seu antecessor, Donald Trump, a respeito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). Biden classificou as observações de Trump, que questionavam o compromisso dos EUA em defender os parceiros da NATO, como “perigosos e antiamericanos”, sublinhando a gravidade de tais afirmações no contexto geopolítico atual.
“O mundo inteiro ouviu, e o pior é que ele quis mesmo dizer isso”, expressou Biden, destacando a importância do princípio de defesa mútua que está na base da NATO. Este princípio, consagrado no Artigo 5.º da organização, estabelece que um ataque a um Estado-membro é considerado um ataque a todos, uma cláusula que só foi invocada uma vez, após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
As críticas de Biden surgem em resposta às afirmações de Trump num comício na Carolina do Sul, onde o ex-presidente sugeriu que, se reeleito, poderia não defender os Estados-membros da NATO que não cumprissem as metas de financiamento da aliança, e até encorajaria a Rússia a “fazer o que entendesse” com tais países.
Biden, ao defender a aprovação de um novo pacote de ajuda à Ucrânia, enfatizou a solidez do compromisso americano com seus aliados. “Quando a América dá a sua palavra, isso quer dizer algo”, afirmou, criticando a visão de Trump sobre as obrigações internacionais e o valor das alianças estratégicas.
Este confronto de perspectivas reflete as diferenças fundamentais na abordagem política externa entre os dois líderes, especialmente no que diz respeito ao papel dos Estados Unidos nas alianças internacionais e no apoio a países em conflito, como a Ucrânia.
A reação de Biden aos comentários de Trump visa reiterar a importância da NATO para a segurança coletiva e a estabilidade global, bem como o compromisso inabalável dos EUA com a defesa dos seus parceiros, contrapondo-se às posições isolacionistas e às críticas às alianças tradicionais manifestadas por Trump durante e após o seu mandato.