Francisco Assis e José Pedro Aguiar-Branco não conseguem votos suficientes para assumir a presidência. Nova votação marcada para quarta-feira ao meio-dia.
Após uma maratona de votações, os deputados portugueses não conseguiram eleger um novo presidente da Assembleia da República, mesmo após três tentativas. A terceira votação realizada nesta terça-feira, após a posse dos 230 deputados para a XVI Legislatura, não resultou na eleição da segunda figura do Estado.
Na segunda ronda da segunda sessão de votações, José Pedro Aguiar-Branco, candidato da AD, obteve 88 votos, enquanto Francisco Assis, candidato do PS, conquistou 90 votos. No entanto, foram contabilizados 52 votos em branco entre os 230 votos, indicando que os deputados do partido Chega novamente não votaram no ex-ministro da Defesa de Passos Coelho.
A eleição do presidente da Assembleia da República continuará na quarta-feira, com os candidatos dos partidos a serem apresentados até às 11 horas e a votação a começar ao meio-dia.
No final da votação, André Ventura, líder do Chega, anunciou que iria solicitar uma reunião com o líder do PSD, Luís Montenegro, para buscar um “entendimento à direita” antes da nova votação. Enquanto isso, Joaquim Miranda Sarmento, líder da bancada parlamentar dos social-democratas, expressou a disponibilidade do partido para o diálogo com todos.
Para que o presidente da Assembleia da República seja eleito, é necessário obter os votos favoráveis de, pelo menos, 116 parlamentares.
Na primeira sessão de votações, José Pedro Aguiar-Branco falhou a eleição com 89 votos a favor, 134 em branco e sete nulos. Na segunda votação, com três candidatos, Aguiar-Branco recebeu 88 votos, Francisco Assis 90, e Manuela Tender, do Chega, 49 votos. Após estes resultados, o PSD retirou a candidatura de Aguiar-Branco, que posteriormente recuou e anunciou que iria “apresentar novamente” a sua candidatura em nome do “interesse nacional”.