Conflito entre antigos e atuais dirigentes da instituição desencadeia ação legal em Braga.

O ambiente na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Braga tem estado tenso, com acusações mútuas entre o ex-presidente, Bruno Ramos, e o atual presidente, Bruno Silva. O cerne da controvérsia reside em alegações de gestão danosa e apropriação ilícita de fundos públicos, com valores estimados entre dois a três milhões de euros.

Bruno Ramos, que liderou a instituição até janeiro deste ano, reagiu às acusações do atual presidente, salientando que durante o seu mandato as contas foram aprovadas e fiscalizadas pelo próprio Bruno Silva, então presidente do Conselho Fiscal. Ramos nega veementemente qualquer irregularidade e afirma estar disponível para processar judicialmente quem o acusou.

Por sua vez, Bruno Silva sustenta que a instituição enfrenta sérios problemas financeiros, incluindo a penhora das contas pela Segurança Social, o que levou ao não pagamento dos salários de março e à iminente suspensão das atividades nos centros de capacitação para inclusão. Admite ainda que, se não houver uma rápida resolução, a APPACDM poderá ser forçada a encerrar.

O caso está a causar alarme entre os utentes e funcionários da instituição, sendo aguardada uma reunião no Centro Distrital de Segurança Social de Braga na próxima terça-feira, na tentativa de resolver esta crise e garantir o normal funcionamento da APPACDM.