Uma investigação levada a cabo pela Secção Regional de Combate ao Terrorismo e Banditismo da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária culminou na constituição de um advogado de Braga como arguido, sob suspeita de envolvimento em tráfico de armas. O processo, que envolve pelo menos mais 10 indivíduos, encontra-se em fase de conclusão, aguardando-se o proferimento do despacho de acusação nos próximos dias.
Segundo informações avançadas pelo JN, a operação teve início em julho de 2021 e teve como epicentro as cidades de Braga, Guimarães e Póvoa de Lanhoso, alargando-se posteriormente a concelhos como Amares, Fafe, Felgueiras, Santo Tirso, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, onde foram apreendidos diversos armamentos.
O advogado em questão, filho de um antigo deputado do CDS-PP, foi alvo de vigilância por parte da PJ e foi também objeto de escutas telefónicas que reforçaram as suspeitas sobre o seu envolvimento neste esquema criminoso.
De acordo com fontes do tribunal superior, todos os suspeitos estariam envolvidos em atividades de mediação e tráfico de armas pelo menos desde fevereiro de 2020. O desenrolar deste caso suscitou preocupações entre as autoridades e a comunidade, destacando a necessidade de combate eficaz a redes criminosas que ameacem a segurança pública.