Nanossatélite desenvolvido com apoio da UMinho entra em operação e envia imagens detalhadas do ecossistema marinho e padrões climáticos

As primeiras imagens capturadas pelo nanossatélite português Aeros MH-1 foram recebidas, marcando um avanço significativo na capacidade de observação do Oceano Atlântico por Portugal. Desenvolvido com suporte científico da Universidade do Minho, o projeto é uma colaboração entre a Thales Edisoft Portugal e o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto.

Lançado em 4 de março e posicionado a 510 quilómetros de altitude, o Aeros MH-1 já estabeleceu comunicações com a Terra através do teleporto de Santa Maria, nos Açores. Durante os próximos três anos, o nanossatélite realizará observações detalhadas do oceano, focando-se especialmente no ecossistema marinho e nos padrões climáticos.

Este marco representa não apenas um avanço tecnológico para Portugal, mas também um passo crucial para a compreensão dos fenómenos oceânicos globais, contribuindo significativamente para estudos científicos e ambientais.

O Aeros MH-1, com um peso de 4,5 quilos, é o segundo satélite português a ser enviado para o espaço, sucedendo ao PoSat-1. O projeto, iniciado em 2020 e com um investimento de 2,78 milhões de euros, é cofinanciado pelo Feder – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, reforçando o papel de Portugal na exploração espacial e na investigação científica internacional.