Vários veículos de emergência do INEM inoperacionais devido à greve às horas extraordinárias, afetando resposta em Braga, Viana e Porto.
A greve às horas extraordinárias dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está a afetar severamente o funcionamento das ambulâncias, deixando veículos de socorro essenciais inoperacionais em Braga, Viana do Castelo e no Grande Porto.
Em Viana do Castelo, pelas 13:00, a única ambulância exclusiva do INEM estava fora de serviço, com o concelho a depender exclusivamente das ambulâncias de emergência alocadas às corporações de bombeiros. Braga enfrenta uma situação similar, com apenas uma ambulância e uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) em operação. Além disso, a mota de socorro do INEM e uma segunda ambulância de emergência encontram-se inoperacionais.
O impacto da greve é particularmente notório no Grande Porto, onde estão paradas todas as seis ambulâncias e uma mota do INEM. A assistência tem sido garantida por ambulâncias INEM de corporações de bombeiros, deslocadas de municípios como Famalicão, Ovar e Carvalhos, para cobrir a falta de veículos nos concelhos de Matosinhos, Rio Tinto e Vila Nova de Gaia.
No Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Norte, no Porto, dez técnicos de emergência estão ausentes, o que representa quase metade do quadro previsto e resulta num volume preocupante de chamadas não atendidas: só às 13:00 de hoje, havia 193 pedidos de emergência em espera a nível nacional.
O presidente do INEM, Sérgio Janeiro, expressou preocupação com a falta de recursos humanos que poderá causar atrasos no socorro, mas descartou uma situação de “falência da emergência médica” no país.