PJ Realiza Buscas na Federação Portuguesa de Futebol por Suspeitas de CorrupçãoInvestigação Relacionada com a Venda da Antiga Sede da FPF já Resultou em Dois Arguidos
A Polícia Judiciária (PJ) realizou esta segunda-feira buscas na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) no âmbito de uma investigação por suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada. A operação, denominada ‘Mais-valia’, envolve a alienação da antiga sede da FPF, situada na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa, vendida por 11,25 milhões de euros.
O diretor nacional da PJ, Luís Neves, confirmou que foram realizadas cerca de 20 buscas com o objetivo de recolher elementos probatórios sobre negócios imobiliários efetuados durante o mandato de Fernando Gomes e Tiago Craveiro. As diligências foram conduzidas pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e autorizadas pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
No decurso da operação, foram apreendidos computadores, telemóveis e outros dispositivos informáticos em diversos locais, incluindo domicílios, instituições bancárias, escritórios de advogados e estabelecimentos comerciais nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém.
A ação mobilizou 65 inspetores da PJ, 15 especialistas de polícia científica, além da colaboração de cinco juízes de instrução criminal, seis magistrados do Ministério Público e quatro representantes da Ordem dos Advogados.
Até ao momento, a investigação já levou à constituição de dois arguidos: um empresário e um ex-secretário-geral da FPF. O Ministério Público confirmou que o inquérito se centra na venda da antiga sede da federação e que a análise da prova agora recolhida prosseguirá para um esclarecimento completo dos factos.