Braga surge como o quarto distrito com mais nascimentos. Mais de 20.700 bebés foram rastreados com o “teste do pezinho” até março.

Após a quebra registada ao longo de 2024, o número de nascimentos em Portugal voltou a crescer no primeiro trimestre deste ano. De acordo com os dados do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), foram rastreados 20.782 recém-nascidos entre janeiro e março de 2025 — mais 207 do que no mesmo período do ano anterior.

O mês com maior número de rastreios foi janeiro, com 7.670 testes realizados, seguido de março (6.741) e fevereiro (6.371).

No que diz respeito à distribuição geográfica, Lisboa lidera com 6.430 “testes do pezinho” realizados, seguida pelo Porto (3.567), Setúbal (1.640) e Braga, que ocupa o quarto lugar com 1.522 rastreios. Nos distritos com menor número de testes destacam-se Bragança (124), Portalegre (143) e Guarda (164).

Em 2024, o total de recém-nascidos rastreados em Portugal foi de 84.631, menos 1.133 do que em 2023. Ainda assim, o programa manteve uma taxa de cobertura de 99,5%, apesar de não ser obrigatório.

O “teste do pezinho”, realizado a partir do terceiro dia de vida do bebé, permite o diagnóstico precoce de 28 doenças, entre as quais hipotiroidismo congénito, fibrose quística, drepanocitose, atrofia muscular espinal e várias doenças hereditárias do metabolismo.

No ano passado, este rastreio permitiu identificar 138 casos de doenças — mais dois do que em 2023 — possibilitando o início precoce do tratamento em todos os bebés diagnosticados, o que evitou complicações neurológicas e físicas graves.

O tempo médio de início de tratamento situa-se atualmente nos 10 dias após o nascimento, graças à eficácia do programa que está em funcionamento desde 1979.

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