Mandatário da AD apresenta queixa à CNE contra Junta de S. Victor por alegada violação de imparcialidade

Em causa está publicação institucional com foto de António Braga a votar. João Granja considera comportamento “condenável e lamentável”.

O mandatário concelhio da Aliança Democrática (AD) em Braga, João Granja, apresentou este domingo uma queixa formal junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra a Junta de Freguesia de S. Victor e o seu presidente, Ricardo Silva. Em causa está a publicação, na página oficial da Junta, de uma fotografia do candidato do PS à Câmara Municipal de Braga, António Braga, a exercer o seu direito de voto.

A imagem em questão foi divulgada por volta da hora de almoço e, segundo João Granja, constitui uma violação clara do dever de imparcialidade a que estão obrigados os órgãos autárquicos. “Trata-se de uma situação grave. O presidente da junta teve um comportamento condenável e lamentável, que viola as regras em vigor e compromete a neutralidade institucional. Estes comportamentos devem ser banidos em democracia”, afirmou o também presidente da concelhia de Braga do PSD, em declarações à Universitária.

João Granja sublinha que a publicação não só mostra António Braga — um histórico do PS, antigo deputado à Assembleia da República e ex-membro de governos socialistas — como o identifica claramente como candidato à Câmara de Braga nas próximas eleições autárquicas. Para o mandatário da AD, o ato configura um “apelo ao voto disfarçado”, em violação do princípio da equidade durante o período eleitoral.

Reações e nova queixa

A polémica imagem foi também partilhada pelo próprio António Braga nas suas redes sociais, ampliando a visibilidade do gesto e gerando reações adversas. A publicação gerou mal-estar entre alguns eleitores da freguesia, tendo já motivado, pelo menos, mais uma queixa individual apresentada à CNE por parte de um residente de S. Victor.

A AD espera agora que a Comissão Nacional de Eleições analise o caso e tome uma posição clara que reafirme o respeito pelas normas democráticas e pela imparcialidade exigida às entidades públicas durante os períodos eleitorais.