Imóvel devoluto junto aos Paços do Concelho será reabilitado para acolher o Centro Interpretativo do Eixo Atlântico. Investimento poderá atingir um milhão de euros e prevê oferta cultural, educativa e imersiva.
A antiga residência feminina de estudantes de Viana do Castelo vai ser transformada num museu dedicado à história e missão do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular. O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, durante uma conferência de imprensa.
O novo Centro Interpretativo do Eixo Atlântico será instalado num edifício devoluto localizado ao lado dos Paços do Concelho. A intervenção terá um custo estimado entre 700 mil e um milhão de euros, e o início das obras está previsto para o próximo mandato autárquico.
Segundo o autarca, este projeto insere-se na estratégia de valorização patrimonial e cultural do centro histórico da cidade: “Estamos a criar um ativo cultural que reforça a atratividade da zona histórica, atrai novos públicos e dá continuidade ao papel ativo de Viana no Eixo Atlântico”, sublinhou Luís Nobre.
O Eixo Atlântico, organização de cooperação transfronteiriça criada há 33 anos, será responsável pela instalação dos conteúdos museológicos. O seu secretário-geral, Xóan Mao, revelou que o novo centro permitirá “expor obras de arte premiadas nas bienais de pintura organizadas pelo Eixo, atualmente guardadas em armazéns”, e que contará também com um programa educativo dirigido às escolas da rede.
O espaço incluirá uma exposição permanente, mostras temporárias, uma sala digital imersiva, jardim pedagógico e um espaço exterior multifuncional para atividades culturais e gastronómicas.
“Este será o único recurso educativo sobre a construção europeia acessível às escolas do Eixo Atlântico”, destacou Xóan Mao, elogiando a opção de “recuperar um edifício com história” para lhe dar nova vida com um fim pedagógico e cultural de âmbito regional.
Viana do Castelo, que este ano acolhe a Capital da Cultura do Eixo Atlântico, reforça assim a sua posição como cidade-pilar na cooperação ibérica e europeia.