Manifestação decorre junto à NOVA SBE durante o Encontro Ciência 2025. Sindicato alerta que mais de metade dos contratos são a termo e critica falta de soluções estruturais.

Investigadores, trabalhadores científicos e docentes do Ensino Superior concentraram-se esta quarta-feira, junto à Nova School of Business and Economics (NOVA SBE), em Carcavelos, num protesto contra a precariedade laboral no Ensino Superior e na Ciência.

A manifestação decorre paralelamente ao Encontro Ciência 2025, que se realiza de 9 a 11 de julho, e que visa debater o impacto científico, social, cultural e económico da investigação em Portugal.

De acordo com dados revelados pelo Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), entre 2017 e 2025 foram celebrados 16.838 contratos nas áreas do Ensino Superior e da Investigação Científica. No entanto, apenas 7.527 desses contratos são sem termo ou de duração indefinida — a maioria relativos a docentes universitários.

José Moreira, presidente do SNESup, afirma que o novo Estatuto da Carreira de Investigação Científica, aprovado a 28 de abril deste ano, não é suficiente para resolver o problema estrutural da precariedade. “Apesar de conter algumas melhorias, o estatuto não cria os postos de trabalho permanentes de que o setor necessita”, apontou em declarações à Antena 1.

O sindicalista alerta ainda que, entre um a seis anos, a maioria dos contratos em vigor cessará, reiniciando um ciclo de precariedade que se tem vindo a repetir.

A ação de protesto visa exigir melhores condições de trabalho, estabilidade profissional e o fim da dependência de contratos a prazo para investigadores e cientistas, num setor considerado essencial para o desenvolvimento do país.

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