Tribunal considerou culpa partilhada entre o condutor e a vítima mortal do atropelamento ocorrido em 2021 na A6.


O ex-motorista de Eduardo Cabrita, antigo ministro da Administração Interna, foi condenado esta segunda-feira a uma pena de 14 meses de prisão, com pena suspensa, pelo crime de homicídio por negligência grosseira. O tribunal determinou ainda a inibição de conduzir durante um período de nove meses.

O caso remonta a 2021, quando uma viatura oficial em que seguia o então ministro atropelou mortalmente um trabalhador na Autoestrada 6 (A6), junto a Évora. A vítima encontrava-se a realizar trabalhos na via quando foi atingida pelo veículo.

Na leitura da sentença, o tribunal entendeu que houve responsabilidade partilhada entre o condutor e a vítima. Apesar de reconhecer negligência grosseira por parte do motorista, o coletivo de juízes sublinhou que a vítima também não teria tomado todas as precauções de segurança exigidas.

A decisão judicial põe termo a um dos casos mais mediáticos da governação de Eduardo Cabrita, que na altura foi fortemente criticado por não ter interrompido a viagem após o acidente e por se ter remetido ao silêncio público durante vários dias.