Secretário-geral do PSD também critica PS por “lançar confusão” sobre medidas do Governo para a habitação
O secretário-geral do PSD, Hugo Soares, acusou este domingo o Chega de apresentar “candidatos ‘fake’” nas eleições autárquicas, apontando que muitos não conhecem os concelhos pelos quais se candidatam, e criticou ainda o PS por “lançar confusão” em torno das medidas governamentais para a habitação.
Eleito deputado pelo círculo de Braga, Hugo Soares falava em Lamego, na apresentação da recandidatura de Francisco Lopes (PSD/CDS-PP) à presidência da Câmara Municipal, no âmbito da volta nacional autárquica do partido.
Críticas ao PS e defesa das medidas do Governo
O dirigente social-democrata classificou as recentes medidas do executivo como uma “bazuca fiscal” para apoiar o mercado de arrendamento e sublinhou que os benefícios fiscais se aplicam a rendas até 2.300 euros.
“Há pessoas que ainda não perceberam o A, o T e o E: até 2.300 euros de renda. Significa que dos 400 euros aos 2.300 euros, todas as casas colocadas no mercado com esses valores terão esse benefício fiscal”, esclareceu.
Soares acusou o líder do PS, José Luís Carneiro, de querer “criar confusão deliberadamente”, sugerindo que o Governo defendia rendas de 2.300 euros como moderadas. “Uma afronta é não saber que a classe média precisa de ajuda, que médicos, professores e técnicos superiores precisam de uma casa para viver em cidades como Lisboa, Sintra, Porto ou Amadora”, respondeu.
“Candidatos que nunca visitaram os concelhos”
Dirigindo críticas diretas ao Chega, Hugo Soares acusou André Ventura de mentir ao afirmar que o partido apresenta candidatos nos 308 concelhos do país.
“É mentira que o Chega tenha candidatos nos 308 concelhos. Uma grande parte são candidatos ‘fake’: pessoas que estão a 200 ou 300 quilómetros do concelho onde concorrem, que nunca lá viveram nem conhecem os problemas locais”, afirmou.
O secretário-geral do PSD apontou ainda exemplos concretos:
- Em Viseu, “muito poucos candidatos do Chega” seriam realmente oriundos do concelho.
- Em Boticas, “há candidaturas vindas de Salvaterra de Magos, de pessoas que nem sabem se Boticas fica em Trás-os-Montes, na Madeira ou nos Açores”.
“Eles são candidatos ‘fake’ e o povo português tem que o saber”, concluiu.
