Ricardo Horta, Lagerbielke, Dorgeles e Zalazar (penálti) marcaram no Municipal de Braga; arsenalistas sobem ao 7.º lugar com 13 pontos e encaram visita ao FC Porto em alta.
O Sporting de Braga regressou este domingo aos triunfos na I Liga com uma goleada por 4-0 ao Casa Pia, na 9.ª jornada, quebrando um jejum de mais de dois meses sem ganhar na competição e somando um impulso anímico antes da deslocação ao Dragão na próxima ronda. A entrada foi demolidora: Ricardo Horta inaugurou aos 5 minutos e Gustaf Lagerbielke ampliou aos 8, dando conforto imediato à equipa de Carlos Vicens perante um adversário que raramente conseguiu reagir com perigo consistente.
Após o intervalo, Mario Dorgeles fez o 3-0 aos 48 minutos, aproveitando um erro na saída casapiana, e Rodrigo Zalazar fixou o 4-0 de penálti aos 57, coroando uma exibição autoritária dos bracarenses e fechando o jogo muito antes do apito final. Com este resultado, o Braga sobe ao 7.º lugar com 13 pontos, enquanto o Casa Pia soma o quarto jogo seguido sem vencer na Liga e permanece no 14.º posto com 8 pontos, saindo de Braga sem argumentos para contrariar a superioridade minhota
Carlos Vicens, treinador do Sp. Braga, em declarações na sala de imprensa da pedreira, após o triunfo por quatro bolas a zero sobre o Casa Pia. O técnico analisou o triunfo e comentou a gestão que tem de ser feita no plante face à carga de jogos.
Análise ao jogo
«Foi uma vitória importante, porque dá continuidade ao que temos vindo a fazer nos últimos jogos. É verdade que na Liga já não ganhávamos há algum tempo, estamos felizes por ver a equipa na linha do que tem feito nos últimos encontros. Estou contente pelos jogadores, que continuam a esforçar-se, foram sérios do primeiro ao último minuto».
Melhor exibição da época até agora?
«Disse ao intervalo que a melhor maneira de entrar na segunda parte era fazer o que fizemos na primeira: trabalhar, ser uma equipa em tudo o que isso representa. Mantivemos o nível da primeira parte e fiquei contente com isso, foi ser um Braga que temos sido nos últimos jogos. É isso que queremos, ser uma equipa contínua e mais regular».
Ausência de golos de El Ouazzani
«Os golos ajudam os avançados a ter mais confiança, mas no final o treinador analisa o seu rendimento, que vai muito para além dos golos. Temos a sorte de ter três jogadores estupendos; têm de estar tranquilos. Apear de não ter marcado, valorizo muito o trabalho que fazem pela equipa».
Pau Victor de fora novamente
«Decidimos por outro jogador. Já nos ajudou noutros jogos e noutras posições. Tem características que lhe permitem poder jogar em diferentes posições e não podemos deixar de ter em conta que este era o segundo jogo, de três, em seis dias. Com o Santa Clara vamos ter 20 jogos oficiais, quando a grande maioria das equipas portuguesas completaram 10. Há equipas que até 26 de janeiro não vai ter 20 jogos oficiais. Um dos meus trabalhos é tratar de gerir bem, tudo isto requer esforço e cuidado para ter um nível de energia alto».
João Pereira, treinador do Casa Pia, em declarações na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a pesada derrota por quatro bolas a zero. Num «dia não», o técnico diz que é preciso tempo.
Análise ao jogo.
«Foi um dia não, foi isso que disse aos meus jogadores. Começámos a perder, nada a dizer, o Sp. Braga foi muito superior. Dia não para nós, temos uma viagem longa de regresso e isso dá tempo para refletirmos. Não somos máquinas e no futebol há dias como estes».
Casa Pia abaixo do esperado e de anos anteriores?
«O plantel é bastante diferente, alguns jogadores têm de conhecer o campeonato e precisamos de tempo para trabalhar. Queremos sempre mais, mas a verdade é que neste momento isto não nos deixa contentes. Fizemos história no ano passado e tenho a certeza que vamos fazer um excelente campeonato. A confiança nos jogadores é a mesma e este jogo nada altera. Ainda não sei o que é uma má fase em equipas que lutam pela permanência».
Resposta a Carlos Vicens, que na antevisão disse que o Casa Pia era terceira equipa com menor tempo útil de jogo.
«Nem precisou desses dez minutos para ganhar. Bastava dizer aquilo que controla e, no final, foi superior ao treinador do Casa Pia. Mas, esse tempo útil não advém só das duas equipas e lanço este dado: não tem só a ver com as duas equipas, porque há árbitros que apitam mais e outros menos. Não é uma crítica, mas uma reflexão».
Ausência do Siqueira?
«Já falei sobre o Daniel e a confiança nele é grande. O Patrick não está a cem por cento, o Ricardo Baptista também não está a cem por cento. Obviamente, a equipa está mais habituada a jogar com o Patrick. Não se trata de competência ou qualidade, mas sim de a equipa estar mais habituada».
































