A agente da Polícia de Segurança Pública tinha 52 anos. “Algo mais profundo terá de ser feito para solucionar ou diminuir os suicídios”, alerta sindicato.
ma agente da Polícia de Segurança Pública pôs fim à vida na madrugada desta quinta-feira, na A8, ao quilómetro 25. Para levar a cabo o suicídio, a agente deu um tiro no lado esquerdo do peito com a arma de serviço, apurou o Notícias ao Minuto junto de fonte próxima.
A mulher, viúva e sem filhos, prestava serviço na 34.ª esquadra, em Lisboa, e tinha 52 anos.
A mesma fonte esclareceu ainda que a agente tinha dado baixa do serviço pelas 19h00 desta quarta-feira.
A tragédia está a deixar a comunidade da PSP consternada, sendo reforçado o apelo aos profissionais daquela força de segurança para que peçam apoio psicológico sempre que necessitarem.
Em reação, Peixoto Rodrigues, presidente do Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública (SUP), refere que “é de lamentar mais um suicídio na PSP”. O dirigente enfatiza ainda, em declarações ao Notícias ao Minuto, que o sindicato que dirige continua “a não acreditar no gabinete de psicologia da Polícia; algo mais profundo terá de ser feito para solucionar ou diminuir os suicídios”, reforça.
Peixoto Rodrigues explica que “não existe independência do gabinete de psicologia perante a hierarquia. Quando um elemento policial é considerado como não tendo condições para trabalhar, o psicólogo da polícia que o acompanha não lhe faz um relatório para que o seu médico de família lhe possa dar baixa [médica], uma vez que o psicólogo não dá baixas. Já foi solicitado ao gabinete de psicologia por parte do SUP uma reunião para esclarecer determinadas situações que possam ser melhoradas, a mesma foi recusada pelo responsável pelo gabinete”, remata o dirigente sindical.