Queria ser bailarina clássica , mas a vida trocou-lhe as voltas com as audições do concurso que escolhia a Cinderela portuguesa. A sua beleza exótica chamou a atenção e, em 1986, com 19 anos, ganhou o Festival RTP da Canção, com a música ‘Déja Vu’ mas a canção escolhida para a Eurovisão foi a ‘Não Sejas Mau Para Mim’.
Dora assume-se como “filha do festival”, que ganhou duas vezes. Perdeu-se por um amor que a levou de Portugal. Voltou do Brasil cheia de samba e só quer entrar em musicais. Despiu-se de preconceitos e, aos 46 anos de idade, em boa forma, surpreendeu na ‘Playboy’.
No início de 2014, sem trabalho, Dora trabalhou na cafetaria da rede de fast-food McDonald’s na Avenida de Roma, em Lisboa, mas teve que deixar o posto devido à excessiva exposição mediática. “Se me estivesse a prostituir era condenável, não me prostitui, estava a trabalhar. Tenho filhos para criar e arranjei uma forma pontual honesta de pagar contas e comprar comida. Os artistas são a classe mais desprotegida e quando não há trabalho temos de nos safar. Sou uma mulher de armas, aliás todas as mulheres são de armas. Acho ridícula a forma como o assunto foi abordado na imprensa. Foi uma grande maldade, uma tentativa desonesta de explorar a minha condição”, dispara.