O juiz aplicou a medida de coação mais pesada dando razão aos argumentos do Ministério Público, que alertou para “perigo de fuga, perigo de perturbação do decurso do inquérito”, “perigo da continuação de atividade criminosa” e “perturbação da ordem pública”.
Os 23 “hooligans” que invadiram a Academia do Sporting, em Alcochete, vão ficar a aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.
A decisão foi anunciada esta segunda-feira ao início da noite pelo Tribunal do Barreiro, onde nos últimos dias têm decorrido as inquirições.
O juiz aplicou a medida de coação mais pesada dando razão aos argumentos do Ministério Público, que alertou para “perigo de fuga, perigo de perturbação do decurso do inquérito”, “perigo da continuação de atividade criminosa” e “perturbação da ordem pública”.
Na última terça-feira, os jogadores e a equipa técnica do Sporting foram atacados na Academia de Alcochete por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados. Um dos mais visados foi o avançado Bas Dost que ficou com ferimentos na cabeça. O treinador Jorge Jesus foi outro dos agredidos.
A GNR deteve 23 dos atacantes que vão agora aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.
Estão indiciados por nove crimes: terrorismo, sequestro, introdução em lugar vedado ao público, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada, dano com violência, detenção de arma proibida agravado, incêndio florestal, resistência e coação sobre funcionário”.
Serão levados para o Estabelecimento Prisional do Montijo e depois distribuídos por outras prisões.
O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, negou qualquer envolvimento da direção do clube no caso e responsabilizou os jogadores de, “involuntariamente”, estarem na origem dos incidentes.
Esta segunda-feira, o Sporting suspendeu o apoio financeiro à claque mais antiga do clube, a Juventude Leonina, que anteriormente negou qualquer envolvimento no ataque à Academia.