Primeiro-ministro rejeita rótulos ideológicos rígidos e reforça confiança no futuro do XXV Governo Constitucional

Luís Montenegro assumiu esta sexta-feira que o seu Governo não se deixará prender por alinhamentos ideológicos fixos, afirmando que o executivo do XXV Governo Constitucional vai “planar”, ora à esquerda, ora à direita, “mas sempre para a frente”. A declaração surgiu durante a sessão fotográfica do primeiro Conselho de Ministros do novo executivo, que contou com um ambiente descontraído na residência oficial de São Bento.

“Ainda vamos subir mais nos próximos anos”, brincou o primeiro-ministro, enquanto organizava os ministros e secretários de Estado para a tradicional foto de família. Quando questionado sobre as futuras negociações parlamentares e a direção política do Governo, respondeu com ironia: “Excecionalmente para a esquerda”, arrancando gargalhadas dos presentes.

Montenegro sublinhou que o Governo será “central” e flexível, adaptando-se às circunstâncias, mas sempre focado no progresso: “Vamos planar, subir, descer, ir para a esquerda, para a direita e para o centro — mas sempre para a frente”.

Questionado pelos jornalistas sobre as previsões económicas menos otimistas do Banco de Portugal, o chefe do executivo respondeu de forma evasiva: “O que me dá preocupação é olhar para cada português todos os dias e melhorar a sua condição de vida”.

Apesar da crise política que levou à queda do anterior Governo e de uma maioria parlamentar fragmentada, Montenegro mostrou-se “confiante e otimista” quanto ao futuro. “Acreditamos muito em Portugal. Isso é o que interessa”, concluiu.

A nova equipa governativa, composta por 60 elementos — entre os quais 43 secretários de Estado — tomou posse esta sexta-feira, após uma das formações de Governo mais rápidas desde o início dos mandatos de Marcelo Rebelo de Sousa.

A coligação Aliança Democrática (PSD/CDS-PP), vencedora das últimas legislativas com 91 deputados eleitos, prepara-se agora para apresentar o seu programa de Governo, que será debatido na Assembleia da República nos dias 17 e 18 de junho. O PS e o Chega já indicaram que não irão inviabilizar o executivo, enquanto o PCP promete apresentar uma moção de rejeição.

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