O desaparecimento de armas do edifício da Direção Nacional da PSP, em Lisboa, foi detetado em janeiro de 2017 e, mais de um ano depois, apenas oito das pistolas Glock foram recuperadas em operações policiais não relacionadas entre si, avançou esta quarta-feira o ministro da Administração Interna (MAI).

Eduardo Cabrita, que falava na Comissão dos Assuntos Institucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República, precisou que quatro das armas foram obtidas em Portugal e as restantes no sul de Espanha, três das quais em Ceuta.

O governante acrescentou ainda que, na sequência de inventários elaborados posteriormente, não foi identificada qualquer outra falta de armamento na PSP, na GNR e no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), tutelados pelo MAI.

Perante os deputados, Eduardo Cabrita garantiu ainda que irá propor ainda esta quarta-feira ao ministro dos Negócios Estrangeiros a cessação de funções como oficial de ligação do MAI em Bissau do oficial responsável, à data, pelo departamento onde as Glocks desaparecidas estavam armazenadas.

O ato surge depois de, de acordo com o ministro, se terem esgotado os recursos interpostos pelo visado para evitar o término daquela função.

Outros dois agentes responsáveis pela segurança do armazém foram, aquando da deteção do furto, suspensos preventivamente, mas, entretanto, já regressaram, esgotado o prazo para essa condição, ao trabalho. Desempenham agora outras funções, sem acesso à arma de serviço.

O caso está a ser alvo de inquérito interno e criminal.