Câmara de Amares aprovou Orçamento de 20,6 ME, oposição absteve-se

A Câmara de Amares, no distrito de Braga, aprovou hoje, por maioria, o Orçamento para 2019, no montante de 20,6 milhões de euros, um crescimento de quase 4 milhões em relação a 2018.

Em comunicado, a Câmara refere que o documento foi aprovado com os votos favoráveis da maioria PSD/CDS e com a abstenção dos dois vereadores da oposição.

Ao nível do investimento, as Grandes Opções do Plano estão direcionadas para as funções sociais, com destaque para o ordenamento do território, com verbas de 4,2 milhões de euros, saneamento (2,7 milhões) e educação (738 mil euros).

Em 2019, a Câmara propõe-se terminar a execução do cadastro das infraestruturas dos sistemas em baixa de água e saneamento do concelho, concluir a obra de ampliação e reabilitação da EB23 de Amares e dar continuidade à extensão e fecho de sistemas de saneamento de águas residuais.

Outras apostas de continuidade são os projeto “Amares Mais Digital”, para modernização dos serviços, Escola para Todos e Para Amares a Leitura.

A Câmara destaca ainda a aposta na revitalização do comércio, com intervenções na Praça do Comércio e no espaço da Feira Semanal, e a criação de um centro de recolha oficial de animais.

Um projeto de mobilidade urbana sustentável, que ligará a Praça do Comércio com o Centro Escolar de Ferreiros, a EB 2/3, a Escola Secundária de Amares e o Centro de Saúde, é outro dos investimentos previstos.

O executivo de Manuel Moreira pretende também requalificar as piscinas municipais cobertas, ao abrigo do programa da eficiência energética.

“As despesas de capital representam 51% da despesa total”, acrescenta o comunicado, sublinhando a redução das despesas correntes.

O vereador do PS, Pedro Costa, justificou a abstenção alegando que o Orçamento e o respetivo Plano Plurianual de Investimento são “claramente especulativos, imprecisos na forma e com demasiadas dúvidas que não foram esclarecidas”.

“É um exercício que foi apresentado na forma populista e irrealista, fiel a este modelo de gestão implementado pela coligação PSD/CDS”, acrescentou.

Já o vereador eleito pelo movimento independente Mais Amares, Emanuel Magalhães, disse que se absteve, essencialmente, por haver várias rubricas “muito vagas”, como “pavimentações diversas”, sem especificar, o que, na sua opinião, “não favorece nada a transparência”.

Criticou ainda o facto de o Orçamento não contemplar “um dotação clara e concreta” para substituir “a principal conduta de água que atravessa o concelho”, entre Lago e Ferreiros, e que regista “rebentamentos praticamente semanais”.

“Penso que se devia cortar em coisas não prioritárias, como festas e eventos, para se apostar no que verdadeiramente faz falta”, acrescentou.