O piloto português venceu o Grande Prémio de Valência e despediu-se do Moto 2 com uma vitória antes de saltar para o Moto GP. Miguel Oliveira beneficiou de uma corrida atormentada pela chuva.

Era a última corrida da temporada e podia até dizer-se que era a feijões – pelo menos no que aos pilotos diz respeito, já que Francesco Bagnaia se sagrou campeão do mundo de Moto 2 há duas semanas e Miguel Oliveira também já é vice-campeão do mundo. Mas o piloto português tinha dito que o objetivo era ganhar em Valência – um circuito onde já tinha vencido em 2015, ainda no Moto 3, e no ano passado. Numa corrida muito atormentada pela chuva que caiu durante todo o fim de semana e que deixou o circuito espanhol completamente encharcado, Miguel Oliveira conseguiu beneficiar de várias quedas e abandonos e garantir mesmo a vitória no último Grande Prémio de Moto 2 em que participou, antes de saltar para Moto GP.

Ainda assim, o português voltou a confirmar na última corrida do ano aquilo que ficou claro durante toda a temporada: a qualificação é o seu calcanhar de Aquiles. O piloto da KTM não conseguiu mais do que o 10.º melhor tempo na qualificação do Grande Prémio de Valência e saiu da 4.ª linha da grelha: lá na frente, Luca Marini, colega de equipa do campeão Luca Bagnaia, conseguiu garantir a pole-position.

Logo no arranque, era notório que a água presente no alcatrão e a pouca aderência dos pneus ao solo ia dificultar a vida aos pilotos. Miguel Oliveira arrancou muito bem e garantiu de imediato a subida em várias posições, saltando para o grupo que liderava logo após duas curvas; Luca Marini, por sua vez, falhou a travagem na abordagem à curva 2 e levou consigo Lorenzo Baldassarri e Joan Mir. Marini ainda tocou em Francesco Bagnaia, o já campeão do mundo, que foi capaz de se manter em pista mas saiu muito largo, ficando arredado das grandes decisões do GP logo nas primeiras curvas.