Saída de privados da ADSE afeta 1,2 milhões de pessoas

ADSE lembra que há prazos e um contrato a cumprir e diz que ainda não recebeu denúncia. Se os maiores privados saírem mesmo, fará “novas convenções com outros prestadores”.

Depois de meses de tensão, a ativação do processo de regularização para que os prestadores de saúde privados devolvam 38 milhões de euros à ADSE foi a gota de água que levou os maiores grupos hospitalares a dar o passo que já haviam ameaçado há meses, ainda com Adalberto Campos Fernandes na pasta da Saúde. E se o anterior ministro conseguiu chamar os privados para novas negociações, será mais difícil à nova responsável da pasta, Marta Temido, fazê-los recuar agora. Mesmo porque a ministra vê com bons olhos um Serviço Nacional de Saúde (SNS) quase exclusivamente público.

Não há nova PPP. Braga vai ter gestão pública – mas tem de pagar à JMS. 

A notícia foi avançada ontem pelo Expresso , que indica que Luz Saúde e o Grupo José de Mello deverão suspender as convenções em abril. Lusíadas, Trofa e Hospitais Privados do Algarve deverão seguir o mesmo caminho. Juntos, estes cinco grupos detêm cerca de 60% da faturação da ADSE, subsistema de saúde para funcionários públicos e pensionistas do Estado com cerca de 1,2 milhões de beneficiários.