Telma Brás, de 43 anos, natural de Braga, foi encontrada sem vida pela polícia de Norfolk dentro de casa, em Stoughton, no estado de Massachusetts, Estados Unidos. O marido foi detido, por suspeita de ter esfaqueado a mulher.
A polícia arrombou a porta da habitação do casal, em Bennett Drive, na localidade de Stoughton, e encontrou a mulher sem vida, na sala de estar, acompanhada do marido. “Os agentes entraram à força na casa e encontraram a vítima, Telma Brás, de 43 anos, com várias facadas no corpo”, disse o Procurador Distrital do condado de Norfolk, Michael Morrisey, citado pelo canal de televisão de Boston WBZ, afiliado da cadeia televisiva CBS.
O marido, identificado como Ilton Rodriguez, tentou o suicídio, mas foi encontrado ainda com vida e encaminhado para o hospital. “Foi submetido a uma cirurgia durante a noite. Está sob custódia policial no hospital”, acrescentou Morrisey.
Segundo um jornal brasileiro publicado nos EUA, o “Brazilian Times”, o agressor é um cidadão brasileiro e a vítima é uma mulher portuguesa, que estaria a viver nos EUA desde 2014.
O JN contactou a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas para tentar confirmar os dados reportados pelo “Brazilian Times”, mas de momento ainda não foi possível verificar a identidade da vítima.
Na página pessoal no Facebook, Telma Brás aparece numa fotografia com um cachecol de Portugal. Na apresentação está escrito que estudou na Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz, Sintra.
Filha mais velha pediu ajuda
De acordo com a polícia, os filhos do casal estavam em casa no momento do crime. Terá sido a filha, de 17 anos, a ligar ao tio para denunciar a situação. O irmão do agressor, que é pastor evangélico, contactou a polícia, que recebeu o alerta às 23.40 horas (18.40 horas em Portugal continental) de sexta-feira, 3 de maio.
O “Brazilian times” conta que um vizinho, que diz ter ouvido barulho na casa da vítima, telefonou para os pais de Telma, em Portugal. Testemunhos citados por aquele periódico, que se intitula como o maior jornal brasileiro nos EUA, dizem que Ilton era ciumento e possessivo e controlava todos os passos da mulher, que trabalhava numa empresa brasileira de limpezas domésticas.
Segundo o meso jornal, Ilton, que trabalhava na empresa de jardinagem do irmão, tinha o hábito de beber, mas não há registos de agressões prévias ao crime. “Não há qualquer chamada ou denúncia partindo da casa do casal referindo-se a violência doméstica”, disse o Procurador Distrital de Norfolk, Michael Morrisey