O Gil Vicente e o Braga empataram 1-1, em jogo da terceira jornada da I Liga, e os bracarenses somaram o segundo encontro seguido sem ganharem no campeonato.

No estádio Cidade de Barcelos, Galeno inaugurou o marcador a favor Braga, aos 06 minutos, mas na segunda parte, depois de uma interrupção de meia hora devido a uma falha elétrica, Sandro Lima fez o golo do empate, aos 90+19.

Uma semana depois da derrota com o Sporting (2-1), em Alvalade, o Braga voltou a perder terreno e segue no sexto lugar, com quatro pontos, menos três do que Sporting e Famalicão, que lideram, com sete.

O Gil Vicente, que regressou à I Liga com um triunfo sobre o FC Porto (2-1), antes de perder com o Moreirense (3-0), também soma quatro pontos e ocupa o 11.º lugar.

O jogo esteve interrompido meia hora devido a uma falha de energia elétrica.

O encontro foi interrompido ao minuto 50, quando a iluminação do Estádio Cidade de Barcelos se apagou, numa altura em que a formação arsenalista vencia por 1-0, graças a um golo marcado pelo extremo brasileiro Wenderson Galeno, aos seis minutos.

Os jogadores das duas equipas não recolheram aos balneários, tendo ficado no relvado cerca de meia hora, enquanto aguardaram pelo restabelecimento da iluminação do recinto.

Gil Vicente-Braga fica às escuras em noite de muita trovoada
À passagem do minuto 52, logo após um remate de Kraev para defesa de Eduardo, o estádio Cidade de Barcelos ficou às escuras, obrigando à interrupção do Gil Vicente-Braga.

Numa noite de intensa trovoada em boas partes do norte de Portugal, o estádio barcelense acabou por ficar reduzido à iluminação dos muitos telemóveis.

O técnico do SC Braga, Ricardo Sá Pinto, não acredita que o empate frente ao Gil Vicente deixe marcas na sua equipa.

«Pelo volume ofensivo do Gil Vicente, o resultado aceita-se»
«Nós não adormecemos. A primeira parte foi em conseguida, até podíamos ter feito mais do que um golo. Na segunda parte, há mérito do Gil que apareceu diferente. Subi mais as linhas, teve mais qualidade em posse, jogou mais rápido, jogou mais em largura e foi difícil de jogarmos o nosso jogo.

A maior parte dos jogadores que jogaram hoje têm talento, têm qualidade, mas não têm ritmo de jogo que outros têm e é normal que não se consiga ter o mesmo nível exibicional e a mesma frescura física e mental para jogar uma segunda parte com o mesmo controlo de jogo.

Acho que o Gil Vicente teve muito volume de ataque na segunda parte, mas não teve muitas oportunidades. Acho que o Eduardo fez uma ou outra defesa, mas não foram oportunidades na cara do golo. Depois teve aquele golo caricato em que a bola ia para fora e acaba por ir para dentro. Pelo volume ofensivo do Gil e pela nossa falta de capacidade de ter bola, acho que o resultado se aceita.»

Vitor Oliveira técnico gilista referiu que o empate foi justo

O técnico do Gil Vicente, Vítor Oliveira, disse no final do jogo que não ficou surpreendido com as alterações na formação bracarense. «As mudanças no Sporting de Braga não me surpreenderam», referiu.

O jogo teve duas partes distintas. Uma primeira parte em que o Braga foi melhor, sem fazer muito por isso. Aproveitou bem os nossos erros porque na primeira meia hora falhamos sistematicamente os passes e receções e quem falha isso não pode jogar bem. Reagimos nos últimos dez minutos da primeira parte, equilibrando, sem ficar por cima.

Na segunda parte mudou. Fomos a única equipa que fez tudo para marcar e ganhar o jogo. Estivemos perto disso, criamos o número suficiente de ocasiões para isso, coisa que não tinha acontecido com o Braga na primeira parte, apesar do domínio. Uma segunda parte que me deixa satisfeito e otimista para o futuro. Esta equipa está em crescimento e crescer em competição é difícil. Conseguimos um ponto que é sempre importante frente a uma equipa como o Braga.

Nós entrámos bem na segunda parte e estávamos por cima. A paragem podia ter-nos prejudicado, mas não prejudicou. Continuamos decididos. Teve mais a ver com os jogadores perceberem que no futebol português tem de pensar e executar mais rápido. Tem de ser mais agressivos com e sem bola e fazer um bom aproveitamento dos corredores do campo. Com um bocado de sorte podíamos até ter conseguido um resultado melhor.

Sofremos um golo aos seis minutos por termos quatro homens à frente da linha da bola o meio campo adversário, é imperdoável. Aconteceu-nos algo semelhante com o Moreirense. Esses erros primários têm de ser eliminados radicalmente, mas ainda não conseguimos. Nas primeiras cinco jornadas temos jogos muito difíceis com os primeiros classificados. Para profetas da desgraça tínhamos zero pontos a esta altura, mas já temos quatro e ainda nos falta o jogo do Setúbal e do Benfica.