Assunto debatido na reunião entre a Federação, Liga e emblemas do principal campeonato, pela necessidade de reduzir o número de jogos por ano

A continuidade da Taça da Liga ou da Supertaça Cândido de Oliveira foi tema deixado à ponderação na reunião entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a Liga e os emblemas do principal campeonato, que decorreu ontem em Oeiras.

Na terceira sessão da iniciativa promovida por Fernando Gomes, presidente da FPF, que também contou com o seu homólogo da Liga, Pedro Proença, com vista à melhoria do desempenho do futebol português entre portas e além-fronteiras, o fim de uma das duas competições esteve em cima da mesa, mas o debate sobre o assunto foi inconclusivo, apurou O JOGO junto de fonte presente no encontro.

Essa possibilidade foi levantada na presença de praticamente todos os presidentes da I Liga, no momento em que se discutia a necessidade de reduzir o número de jogos e a pressão que, em termos de calendário, afeta, sobretudo, as cinco equipas em campanha na Liga dos Campeões e Liga Europa.

Entre os que marcaram presença estavam, precisamente, os dirigentes máximos dessas cinco sociedades desportivas: Pinto da Costa (FC Porto), Luís Filipe Vieira (Benfica), Frederico Varandas (Sporting), António Salvador (Braga) e Pinto Lisboa (Guimarães). Dos 18 emblemas, só estiveram ausentes os presidentes do Moreirense, Tondela e Boavista, embora se tenham feito representar por administradores das respetivas SAD.

O encontro, que se sucedeu às sessões de dezembro, em Fátima, e de março, na Cidade do Futebol (tal como a de ontem), serviu para os dirigentes conhecerem os passos já dados com vista à melhoria do desempenho do futebol português, em termos de competitividade, calendários, fiscalidade, entre outras questões, como a centralização dos direitos televisivos a partir da época de 2028/29.

Os dados ontem conhecidos pelos presidentes serão agora transformados em propostas concretas por seis grupos de trabalho, sendo depois apreciados até fevereiro do próximo ano. O objetivo do presidente da FPF passa pela “construção de um plano conjunto que permita ao futebol português reforçar a posição no ranking europeu dos clubes profissionais de futebol”, tema que Fernando Gomes considerou “nuclear para Portugal nos próximos anos”.