Os espeleólogos presos em gruta na Cantábria, região de Espanha, residem em Esposende, Guimarães, Póvoa de Varzim e Maia.
Os quatro espeleólogos portugueses estão desde sábado na gruta de Cueto-Coventosa, e pertencem a um clube de montanhismo de Valongo, no Porto.
A informação da sua localização foi avançada ao final da manhã desta segunda-feira pela responsável da pasta do Interior no governo autonómico da Cantábria, Paula Fernandez.
Francisco Rocha, do Clube de Salvamento de Valongo, diz que o grupo é «bem treinado» e terá sido supreendido pela «precipitação» mais forte do que o previsto, em declarações à rádio Renascença.
A operação de socorro integra a equipa da ESOCAN, além de técnicos da Direção Geral do Interior do governo da Cantábria, agentes da Guarda Civil e voluntários da Associação de Proteção Civil de Arredondo.
“Seguro a 99% que hoje vão fazer uma grande jantarada”
Os quatro espeleólogos retidos numa gruta no norte de Espanha estão numa “galeria problemática” muito conhecida e apenas aguardam que o caudal de água baixe para saírem sem problemas maiores, segundo um membro da equipa de portugueses.
“Sabemos onde estão e é com toda a normalidade que esperamos que a água baixe para que saiam”, disse à agência Lusa Marco Afonso, também espeleólogo e membro de uma equipa de sete pessoas do Clube de Montanhismo Alto Relevo de Valongo, região do Porto, que se deslocou no fim de semana às grutas de Cueto-Coventosa, no norte de Espanha.
Marco Afonso faz parte do grupo de três pessoas que ficaram fora da gruta a dar apoio aos quatro que entraram e estão retidos.ESPELEÓLOGOS PORTUGUESES PRESOS EM GRUTA ESPANHOLA SÃO DE CLUBE DO PORTOVER MAIS
“Trata-se de uma galeria problemática que é muito conhecida dos espeleólogos que fica vedada dos dois lados quando a água sobe”, explicou, acrescentando tratar-se de uma “situação normal que acontece muitas vezes”.
Os quatro portugueses estão equipados com todo o material necessário para ficarem dentro da gruta durante vários dias a dormir, acrescentou.POR DENTRO DA “GRUTA ESPECIAL” ONDE ESTÃO RETIDOS QUATRO PORTUGUESESVER MAIS
“Agora é só esperar. São os riscos associados à espeleologia. A galeria enche depressa e vaza também depressa. Nada preocupante”, assegurou Marco Afonso, que está “seguro a 99% que hoje vão todos fazer uma grande jantarada para comemorar mais uma aventura”.
O embaixador de Portugal em Madrid também afirmou à Lusa que, “aparentemente”, os quatro portugueses “estão bem”, depois de falar com as autoridades de proteção civil da Cantábria presentes no local.SUBIDA DAS ÁGUAS PREOCUPA COLEGAS DE PORTUGUESES RETIDOS EM GRUTA DE ESPANHAVER MAIS
As equipas de socorro foram acionadas no domingo ao fim do dia para resgatar os quatro portugueses.
“Estamos à espera que baixem os níveis da água, para depois subirmos ao encontro dos quatro portugueses que, em princípio, estão bem e à nossa espera”, disse esta manhã à agência Lusa Martín González Hierro, da Fundação Espeleosocorro Cántabro (ESOCAN), envolvida no resgate.