O Chefe da Igreja Católica apela a que todos banam do dicionário as palavras “indiferença, egoísmo, divisão e esquecimento” e que o mundo vire as suas atenções “para ajudar os mais pobres”.
A abolição da dívida para os países mais pobres e a “coragem” de um “cessar-fogo global” com a cessação da fabricação de armas foram os dois principais pedidos do Papa Francisco na tradicional mensagem de Páscoa, proferida neste domingo, na Basílica de São Pedro, em Roma.
Por um mundo “oprimido pela pandemia, que está a sobrecarregar a nossa grande família”, o Chefe da Igreja Católica pediu “especialmente” à Europa para não sucumbir ao “demónio das divisões do passado”, deixando também uma lista de ações que não devem ser colocadas em prática neste momento.
“Indiferença, egoísmo, divisão, esquecimento não são realmente as palavras que queremos ouvir neste momento. Queremos bani-las, hoje mais do que nunca”. Uma ajuda que se deve traduzir também no perdão das dívidas aos mais pobres.
“Em consideração às circunstâncias devem ser também esquecidas as sanções internacionais que impedem os países a não prestar um apoio adequado aos seus cidadãos. Desta forma, todos os Estados devem empenhar-se em enfrentar as principais necessidades do momento, reduzindo, se não até, perdoando a dívida que pesa sobre os orçamentos dos mais pobres ”, assinalou o Sumo Pontífice, em declarações reproduzidas pelo diário La Stampa.