Será realmente uma diva? De todos os rumores da sua carreira, quais deles têm um fundo de verdade? Mariah Carey dá todas as respostas na sua muito esperada autobiografia.
Imaculada, límpida e estelar, assim é a voz de um dos ícones das últimas três décadas da música pop. Uma das divas dos anos noventa, a ascensão de Mariah Carey (Nova Iorque, 1970), fez-se de forma avassaladora e rápida com êxitos como We Belong Together, Always Be My Baby, Dreamlover, Hero, Without You, Vision of Love, ou o clássico All I Want For Christmas is You, parte do disco Merry Christmas, uma edição especial que é um hit desde o Natal de 1994. Por outro lado, ao longo dos anos têm surgido rumores de que Mariah Carey é uma diva, no sentido por ser exigente, arrogante e com manias extravagantes. Será?
Na recém-publicada autobiografia, The Meaning of Mariah Carey, co-escrita com Michaela Angela Davis, a artista e compositora de 50 anos (completados em março passado) revela os pormenores da sua trajetória profissional que em parte já conhecíamos, mas abre finalmente o coração para falar do seu lado mais privado e pessoal. “Para Carey, todos estes vetores – profissional, pessoal, romântico, criativo, racial, familiar cruzaram-se e muitas vezes sobrepuseram-se, desde a sua infância” escreve o crítico de música pop Jon Caramanica, num artigo do The New York Times sobre a biografia, acrescentando que “The Meaning of Mariah Carey conta essa história de forma viva e emocional e, durante longos períodos, sem pestanejar. É um livro de memórias sobre uma artista determinada e naturalmente talentosa, focada na sua arte muito antes de ter capturado os olhos e os ouvidos do mundo, e também sobre uma jovem mulher que se frustrou em quase todas “as voltas” ao tentar sentir-se segura na sua identidade.”PUB
Mariah Carey cresceu no seio de uma família pobre e num ambiente familiar violento, e com apenas seis anos foi ela a pedir ajudar a um familiar, depois de a mãe ser agredida. Foi várias vezes vítima de discriminação racial na escola, por parte de colegas e professores, por ser filha de pai negro e mãe branca. Experiências que, até agora, apenas tinham inspirado as suas composições musicais, e nunca haviam sido contadas por si sem filtros.
Nesta autobiografia, Carey desmistifica também alguns dos mitos a si associados – que cresceram, muito em parte, precisamente por ter resguardado a sua vida privada – como o de que só toma banho com água engarrafada, ou o de que uma vez, durante uma entrevista, pediu que fossem entregues 20 gatos para que a entretivessem enquanto conversavam. Ou mesmo o de que não faz a mínima ideia de quem Jennifer Lopez era nos anos 2000. Se estas ocorrências são falsas, outros pequenos, grandes pormenores como o facto de só se deixar fotografar do seu lado direito ou o de que tem uma assistente que verifica qualquer escadaria antes de a subir, são verdadeiros.
Uma das polémicas em torno do aguardado livro de memórias prende-se com o facto de não mencionar o romance com o bilionário australiano James Packer, que conheceu em 2014 numa antestreia e de quem ficou noiva nos meses que se seguiram (mais tarde, haveria de vender o ostensivo anel de noivado por 2,1 milhões de dólares). Para Carey, a razão da não menção foi simples. Como explica ao The Guardian, “aquele noivado não teve relevância” na sua vida. “Se foi uma relação que importou, está no livro.” resume. Por sua vez, os casamentos com Tommy Mottola, de quem se divorciou em 1998 e com Nick Cannon, que por sua vez terminou em 2014 (o divórcio apenas se oficializou em 2016), são mencionados.
A autobiografia já está disponível para venda na Amazon por €15,42 e noutros domínios, que podem ser consultados no site oficial.
In “MAXIMA”