MITO: Os homens querem mais sexo do que mulheres.
VERDADE: Esse estereótipo pode estar a prejudicar vidas sexuais em todo mundo. Os homens tendem a subestimar a frequência com que as suas namoradas ou mulheres querem sexo. O cérebro é um órgão sexual mais poderoso que a genitália porque é daí que vem o desejo sexual. Pode parecer que os homens têm maior desejo sexual apenas porque os homens tendem a pensar em sexo com mais frequência… Mas não há um número exato para a vontade portanto é uma suposição.
“Os homens são mais instigados para o sexo do que as mulheres, na verdade, acontece porque são educados dessa forma”, lembra Vânia Beliz, psicóloga clínica e sexóloga, explicando que com os rapazes se fals mais constantemente sobre sexo do que com as raparigas.
MITO: As mulheres não engravidam durante o período menstrual.
VERDADE: É raro, mas acontece.
MITO: Masturbar-se quando está num relacionamento sério é mau sinal.
VERDADE: Se apanha o seu parceiro a masturbar-se no banho isso não significa que ele ou ela esteja insatisfeito com a vida sexual do casal. Logo, não é para levar a mal. “A masturbação também pode melhorar a performance masculina, já que o homem pode aprender a demorar mais tempo e a treinar o tempo a ejaculação. A masturbação não deve ser vista como inimiga”, afirma Vânia e acrescenta: “Mas é normal após a masturbação cessar a vontade.”
MITO: A masturbação dificulta o orgasmo.
VERDADE: A masturbação melhora o orgasmo, não piora, porque é uma forma de aproximar cada pessoa do seu corpo e ensinar-lhe sobre o que a excita. Se não sabe o que a faz chegar ao orgasmo, como pode esperar que o seu parceiro descubra?
MITO: Vagina e vulva são a mesma coisa.
VERDADE: Muitas pessoas ainda utilizam coloquialmente o termo “vagina” para falar de toda a área genital feminina, mas isso não é exato. Há o canal vaginal (conhecido como a vagina) e a vulva, que é a genitália externa.
MITO: Não se podem contrair Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST) se se usar preservativo.
VERDADE: Ouvimos sempre dizer que o uso do preservativo é essencial para se proteger contra infeções sexualmente transmissíveis – e sim, isso é verdade. Mas ainda assim deve ter cuidado: embora os preservativos sejam altamente eficazes na prevenção de ISTs transmitidas por fluidos corporais, como gonorreia ou HIV, os preservativos são menos eficazes na prevenção de infeções contraídas por contato pele a pele, como HPV ou herpes.
Os preservativos oferecem alguma proteção contra as condições de contato com a pele e devem ser usados para evitar uma série de doenças e também a gravidez indesejada. Converse com o seu parceiro sobre o uso de preservativos – ou faça testes antes do sexo, se a fizer sentir-se confortável e mais segura.
MITO: Não se contraem ISTs por sexo oral.
VERDADE: As ISTs também podem ser transmitidas durante o sexo oral. Clamídia, gonorreia, tricomoníase, HPV, herpes, sífilis e HIV podem ser transmitidas durante o contato oral. Para evitar a infeção, use um preservativo ou dental dam (método barreira feito em latex) e faça o teste regularmente de ISTs.
MITO: O sexo não é bom quando se usa preservativo.
VERDADE: Muitas pessoas fazem o possível para não usar preservativo durante o sexo, o que coloca a saúde de todos em risco. Se deseja praticar sexo sem preservativo é essencial que faça uma triagem de ISTs e que use outras formas de controlo de natalidade hormonais ou não, como pílulas anticoncecionais, adesivos ou implantes…
“O preservativo também pode ajudar nalgumas dificuldades sexuais, porque retarda o orgasmo, há o texturado que pode oferecer mais prazer ou os com sabores que podem reduzir desconfortos de aromas e até os que aquecem para ajudar a excitação”, exemplifica Beliz.
MITO: Os homens estão sempre prontos.
VERDADE: Da mesma maneira que as mulheres têm momentos em que estão com mais vontade ou menos, ou estão cansadas ou com dor de cabeça, o mesmo pode acontecer com os homens. A indisponibilidade do parceiro pode não significar nada. “Temos de tirar este peso sobre os homens, que têm até de recorrer a produtos para corresponder às expetativas das parceiras. Eles não são máquinas sexuais”, reforça a psicóloga clínica e sexóloga.
MITO: As mulheres não se importam tanto quanto os homens em chegar ao orgasmo durante o sexo.
VERDADE: A disparidade orgásmica entre homens e mulheres (especialmente nas mulheres heterossexuais) é real. Mas isso não acontece porque as mulheres não queiram ter orgasmos.
MITO: O sexo só é “bom” se termina com um orgasmo.
VERDADE: Sim, o orgasmo pode ser maravilhoso, mas está longe de ser o único aspeto prazeroso de um encontro sexual.
MITO: Não há problema em fingir um orgasmo.
VERDADE: Nunca é uma boa ideia, mesmo que esteja a tentar preservar gentilmente o ego de alguém.
MITO: Muito sexo vai modificar a sua vagina.
VERDADE: O canal vaginal é um músculo altamente elástico e não se vai esticar demais. Esse mito serve apenas para envergonhar as mulheres por serem sexualmente ativas. Embora algumas mulheres relatem alterações na sensibilidade, mesmo as vaginas pós-bebé retornam em grande parte à sua forma original poucas semanas após o parto.
MITO: Os homens que têm fantasias sobre sexo anal devem ser gays.
VERDADE: As pessoas de qualquer orientação sexual podem gostar das sensações do sexo anal – ou de qualquer outro ato sexual – sem que isso as force a repensar a sua orientação sexual. O comportamento sexual não define nossa orientação sexual.
MITO: Se gosta de fantasias ou práticas sexuais pouco comuns é anormal ou sexualmente pervertido.
VERDADE: Palmadas, role-playing e bondage são tipos comuns de uma atividade ou um desejo sexual que foge dos gostos convencionais. E estão cada vez mais mainstream.
MITO: O tamanho é tudo.
VERDADE: O que é perfeito para uma pessoa pode ser muito grande ou muito pequeno para outra. Além disso, existem tantas técnicas, posições e produtos de aprimoramento disponíveis hoje que o tamanho não é o único fator relevante para a satisfação sexual.
MITO: O sexo afeta o desempenho atlético
VERDADE: Durante anos, muitos atletas foram proibidos de se envolverem sexualmente antes de momentos desportivos importantes. Mas fazer sexo um dia antes de uma competição desportiva não afeta o desempenho físico. E dependendo da resiliência psicológica individual, o sexo pode até alterar o estado de espírito para melhor de um atleta antes de uma competição.