PSP faz o filme dos acontecimentos durante as horas que antecederam o jogo entre o Sporting e o Boavista e depois da vitória e festejos do título de campeão nacional. Ponderou o cancelamento do trajeto do autocarro com os jogadores até ao Marquês de Pombal mas mudou de ideia devido aos “impactos negativos” que isso iria causar entre os adeptos.

A PSP revela que três adeptos foram detidos durante os festejos do Sporting do título de campeão nacional, entre terça e quarta-feira, em Lisboa. Os desacatos e o arremesso de objetos perigosos como garrafas de vidro, pedras e artefactos pirotécnicos, levaram ao ferimento de quatro agentes e várias pessoas. Foram ainda identificadas 30 pessoas nas últimas horas.

“A PSP planeou e executou um policiamento de grande envergadura, em diversas cidades na sua área de responsabilidade territorial. Em Lisboa, ocorreram diversos festejos que, em alguns locais da cidade, resultaram em alterações relevantes da ordem pública”, diz a Polícia, enumerando os factos e as horas dos principais acontecimentos:

14h30 de terça-feira: ocorreu nas imediações do Estádio José de Alvalade uma significativa concentração de adeptos do SCP.

21H18, no decorrer da concentração referida, verificaram-se comportamentos desordeiros e hostis por parte de alguns adeptos ali presentes, relativamente aos Polícias que se encontravam de serviço, obrigando ao uso da força pública, incluindo disparos com projéteis menos letais, para fazer cessar aquelas condutas perigosas.

“Para restabelecer a ordem e tranquilidades públicas foi necessário reforçar o dispositivo policial para conter as desordens verificadas que consistiram, nomeadamente, no arremesso, na direção dos Polícias, de diversos objetos perigosos, incluindo garrafas de vidro, pedras e artefactos pirotécnicos, que também atingiram outros cidadãos presentes no local”.

Ainda de acordo com a PSP, “não obstante as desordens verificadas e o aumento da tensão associada ao desfile previsto, a PSP decidiu manter a sua realização, depois de ponderar os impactos negativos na ordem e tranquilidade públicas, resultantes da sua anulação”.