Comunicado emitido pelo clube minhoto esta segunda-feira.
Na sequência da final da Liga dos Campeões, realizada no passado sábado no Dragão, entre Manchester City e Chelsea, o V. Guimarães emitiu esta segunda-feira um comunicado, no qual revela ter pedido informações à Liga, FPF e Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto no que toca ao público, e não só, na próxima temporada.
“O Vitória Sport Clube já endereçou, esta segunda-feira, comunicações formais (…) solicitando com caráter de urgência as seguintes informações: que percentagens de ocupação serão permitidas em 2021/22, tanto nos estádios de futebol e demais eventos ao ar livre como nos pavilhões e outros recintos; quais as condições de acesso e de permanência nos recintos e as obrigações que os clubes devem observar enquanto organizadores de espectáculos desportivos; o que será permitido no âmbito das operações de dia de jogo, nomeadamente no exterior do estádio (fan zone) e também nas suas áreas interiores, como bares ou outros serviços; que percentagem de ocupação está prevista para as zonas corporate, salvaguardando compromissos comerciais já estabelecidos.”
O documento acrescenta que “a resposta a estas perguntas é fundamental para que o Vitória Sport Clube programe a sua campanha de lugares anuais e possa também gerir as relações com sócios, parceiros, sponsors e demais entidades. Perante a aproximação da nova época, estes esclarecimentos são prementes e qualquer atraso quanto aos mesmos terá um impacto muito negativo na gestão dos clubes e das Sociedades Desportivas.”
O clube minhoto deixa também críticas à organização em redor da final da Champions. “As imagens a que assistimos ao longo dos últimos dias são insultuosas para os portugueses em geral e para os adeptos do futebol e do desporto em particular. Tem-nos sido exigido, há mais de um ano, um sacrifício coletivo, que tem merecido de todo o país, salvo pontuais exceções, um cumprimento hercúleo e uma compreensão extrema. Nenhum português, e em especial nenhum adepto do futebol e do desporto, pode evitar um sentimento de profundo embaraço perante uma organização tão incapaz, que envergonha Portugal, mas que acima de tudo resulta numa inevitável quebra de confiança entre os cidadãos e as instituições. A esta leitura política, que inevitavelmente terá de resultar em consequências, acrescenta-se uma outra: a partir do momento em que um dos mais importantes recintos desportivos nacionais regista, com inegável sucesso, uma taxa de ocupação tão relevante, deixou de ser admissível a ausência de público de qualquer espectáculo ou evento desportivo realizado em Portugal”, vinca.