O Vitória SC venceu esta sexta-feira o Gil Vicente por 1-0 no Estádio Cidade de Barcelos, em jogo que abriu a 29.ª jornada da I Liga, e ascendeu, ainda que provisoriamente, ao quinto lugar da tabela classificativa.

Depois de três derrotas consecutivas em deslocações a Barcelos, os vitorianos voltaram a vencer fora frente aos gilistas, com um golo decisivo de Gustavo Silva, apontado aos 77 minutos. O avançado foi lançado por Luís Freire na segunda parte, aos 54, e acabou por ser o herói da noite.

Com este triunfo, o Vitória SC soma agora 48 pontos, ultrapassando o Santa Clara (46), que só joga este sábado frente ao líder Sporting. A formação minhota reforça assim o objetivo de voltar às competições europeias e prolonga a série positiva, somando agora dez jornadas seguidas sem perder.

Já o Gil Vicente, treinado por César Peixoto, continua em dificuldades na luta pela manutenção. Mantém os mesmos 26 pontos e o 14.º lugar, apenas três acima do AVS (16.º), que ocupa atualmente a posição de play-off de descida.

A vitória confirma a boa fase dos comandados de Luís Freire, que continuam a mostrar solidez defensiva e eficácia ofensiva na reta final da temporada.

Luís Freire, treinador do V. Guimarães, na sala de imprensa, após triunfo por 1-0 frente ao Gil Vicente:

«Sabíamos que ia ser um jogo difícil, até porque já não ganhávamos aqui há cinco anos. Os pontos estão muito caros e ganhar fora é muito difícil. Foi uma primeira parte equilibrada e foi um jogo amarrado, com muitas perdas de bola de parte a parte.

Na segunda parte, pedimos uma atitude mais forte na pressão e nos duelos porque estávamos a chegar atrasados. Nem sempre conseguimos circular o esférico como queríamos. Com as alterações a equipa ganhou mais energia e vivacidade.  Ganhámos algum ascendente, mas sem criar ocasiões. Aproveitámos bem um erro na circulação do adversário e marcámos um golo.

A partir do 1-0 ficámos muito confortáveis e apesar do Gil ter arriscado, os jogadores mantiveram-se serenos e o Gil não conseguiu criar nada. Acabámos por ser premiados porque não falhámos e o adversário falhou, nós marcámos e eles não. Se alguém tivesse de ganhar, era o Vitória.

Vimos que o Gil Vicente no último jogo acabou com dois avançados e o Rúben Fernandes na frente e estávamos preparados para o jogo direto. Esta gestão que fazemos com bola, fazemos bem, mas hoje faltou o último terço e ter mais chegada à baliza adversária. Tudo o resto foi bom.

[Borevkovik falha o próximo jogo] Não vou dizer qual é a aposta porque há uma semana de treinos pela frente. Era escusado esse amarelo porque perdemos muito tempo naquele livre e interrompeu quatro ou cinco vezes para chamar à atenção dos jogadores. Na jogada a seguir há um lance na área do Gil e o árbitro interrompe e não mostra amarelo. Não percebi.

[reflexo do 5.º lugar no grupo] Fizemos o nosso jogo, tínhamos o objetivo de ganhar, fizemos os três pontos, e vamos esperar o que vai acontecer. É a quinta vitória em seis jogos, já não perdemos há dez, há muitos dados bons aqui. O Santa Clara joga amanhã e isso não depende de nós. Houve três pontos hoje e vai haver três para a semana e vamos lutar por eles».

César Peixoto, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa, após derrota por 1-0 frente ao V. Guimarães:

«Foi um jogo muito equilibrado, duas boas equipas, bem organizadas, fomos competitivos a 90 minutos e foi decidido num detalhe, num erro individual. Quero já dizer que quando um erra, erramos todos, eu é que sou o responsável. O Bamba tem feito um grande trabalho e ninguém é culpado de nada. É um jogador importante para nós e vai continuar a ser.

Fizemos um bom jogo, perante uma boa equipa que está num momento e nós a tentar sair de onde estamos. Deixa-me boas perspetivas para o futuro. Não fomos inferiores em nada e se mantivermos esta atitude e formos coletivamente muito fortes, vamos conseguir. Estamos tristes e frustrados, tenho o balneário triste e frustrado porque sentiram que deram tudo e que este resultado é injusto. A equipa foi sempre competitiva e lutou pelo resultado até ao final.

[ainda está à procura da fórmula ideal?] O Sergio [Bermejo] lesionou-se e não foi opção. No Touré no jogo anterior estava castigado. A equipa está a crescer a olhos vistos, tornou-se uma equipa muito mais competitiva, com mais andamento, mais organizada, mais alma, e está a faltar o detalhe. Nota-se que a equipa está a crescer e vamos transformar isso em algo positivo.

Metemos dois avançados, tiramos dois médios de equilíbrio e metemos dois médios mais ofensivos, não havia muito mais a fazer. O risco foi tomado no momento certo. Ninguém esperava que o golo surgisse naquele momento. Quando tivemos necessidade de arriscar, arriscamos».