Liliana Cá terminou esta segunda-feira no quinto lugar o concurso do lançamento do disco dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, a melhor classificação de sempre de uma portuguesa na disciplina, com 63,93 metros no segundo ensaio, que garante um diploma.

Na sua estreia olímpica, a atleta do Nova Luzes, de 34 anos, lançou 62,31 e 63,93 metros, mais um nulo, conseguindo estar entre as oito melhores, registando, depois, dois nulos e um lançamento de que abdicou. A prestação vale-lhe o melhor resultado de sempre de uma portuguesa no lançamento do disco.

A campeã olímpica foi a norte-americana Valarie Allman, com um lançamento de 68,98 metros, com a alemã Kristin Pudenz (66,86) na prata e a cubana Yaime Pérez (65,72) no bronze, numa prova que chegou a estar suspensa devido à chuva que caía no Estádio Nacional da capital nipónica.

Liliana Cá estabeleceu em 66,40 metros o recorde nacional, em 06 de março último, em Leiria.

A portuguesa iniciou o concurso com 62,31 metros, quando a norte-americana Valerie Allman já tinha assumido a liderança, com 68,98 – e o lançamento que lhe daria a medalha de ouro –, contando com a ‘resposta’ imediata da cubana Yaime Perez, com 65,72.

Liliana Cá chegou aos 63,93, ascendendo provisoriamente ao quarto lugar, antes de a competição ser interrompida, devido à chuva forte, durante cerca de hora e meia, após uma queda da lançadora lusa no terceiro lançamento, que não contou, mas deixou-lhe mazelas no pé esquerdo e no joelho.

Já depois da chuvada, Cá teve oportunidade de repetir o terceiro lançamento, mas contabilizou um nulo, avançando para as oito finalistas no quinto lugar. A quarta e quinta tentativas também foram nulas e a portuguesa ‘caiu’ para o quinto posto.

A croata Sandra Perkovic, bicampeã olímpica, foi a primeira das lançadoras a melhorar o seu registo após a interrupção, com 65,01 na terceira tentativa, sem conseguir chegar ao pódio, antes de a alemã Kristin Pudenz reforçar o segundo lugar com o seu recorde pessoal (66,86).

Valarie Allman sagrou-se campeã olímpica, Pudenz segurou a medalha de prata e Perez a de bronze, enquanto Liliana Cá conquistou um diploma olímpico.

A lançadora natural do Barreiro, de 34 anos, superou os resultados lusos alcançados pela anterior recordista nacional Teresa Machado, com o 10.º lugar em Atlanta1996 e o 11.º em Sydney2000, na primeira edição dos Jogos Olímpicos com duas portuguesas a disputarem o lançamento do disco.

Irina Rodrigues terminou a sua terceira presença olímpica no 25.º lugar, depois de ter sido 32.ª em Londres2012 e desistido no Rio2016, devido a uma fratura do perónio, já na Aldeia Olímpica.

Liliana Cá chegou a Tóquio2020 com a 12.ª melhor marca mundial do ano e tinha assegurado a presença na final, na sexta-feira, com um lançamento de 62,85 metros, que lhe valeu o oitavo lugar na qualificação.

Queda deixou Liliana Cá com dores e insegura na final de lançamento do disco

A portuguesa Liliana Cá lamentou, esta segunda-feira, a queda a meio da final do lançamento do disco, que a “condicionou bastante” e a impediu de fazer melhor do que o quinto lugar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020.

Na sua estreia olímpica, a atleta do Novas Luzes, de 34 anos, lançou 62,31 e 63,93 metros, mais um nulo, seguindo para as oito melhores, conseguindo, depois de uma queda e da interrupção por causa da chuva, dois nulos e um lançamento de que abdicou. Um desempenho que lhe valeu um diploma e o melhor resultado de sempre de uma portuguesa na disciplina.

“Estou feliz com o resultado, mas não tão feliz como poderia estar, sei que podia ter feito mais. Estava a sentir-me bem, mas a queda condicionou-me bastante. Fiquei insegura e com muitas dores, não consegui fazer mais. Já não dava [para fazer o último lançamento]”, declarou, na zona mista do Estádio Olímpico.