Depois de uma década e meia no papel do agente secreto britânico, Daniel Craig despede-se de uma das personagens mais desejadas do mundo. “O nome é Bond, James Bond”, dirá pela quinta e última vez em “007: Sem Tempo Para Morrer”, que chega esta quinta-feira às salas.

Para ter uma ideia de como o personagem James Bond é versátil, basta observar as encarnações dele por Sean Connery e Roger Moore. Connery, um antigo marinheiro e participante em concursos de musculação que em tempos confrontou e derrubou um mafioso americano que o ameaçava com uma arma, era um homem duro, cuja presença facilmente transmitia um sentido de ameaça.

Os filmes em que encarnou Bond têm algumas cenas de violência que ainda hoje são das mais brutais em toda a série. Moore, por contraste, interpretou o papel com um toque irónico, sendo ainda hoje lembrado por muita gente sobretudo por um ou dois ‘one-liners’ (frases memoráveis, muitas vezes com trocadilhos maliciosos).

Quando estava a ser feito o casting do primeiro filme da série, Roger Moore terá sido um dos atores considerados, mas o produtor achou que ele era demasiado bonito e não tinha uma imagem suficientemente dura. Curiosamente, anos mais tarde foi mesmo Moore quem substituiu Connery como 007, e durante anos era frequente ouvir dizer que não chegava aos calcanhares.