Um homem, com 34 anos, fazia-se passar por técnico de empresas de telecomunicações para entrar em casa de pessoas vulneráveis e furtar tudo o que podia.

Foi detido, em Oeiras, pela PSP, após ter assaltado uma idosa, de 93 anos. Os assaltos terão rendido pelo menos 170 mil euros, dinheiro que o detido havia depositado no banco.

O homem foi detido em flagrante, mas sobre ele já pendia um mandado judicial, por ser suspeito de 17 furtos qualificados, 12 furtos, 13 burlas informática, um crime de coação e 16 crimes de condução sem carta.

A última vítima, de 93 anos de idade, foi visitada pelo arguido, quando já se encontrava a ser seguido pelos polícias. Após abandonar o local, apurou-se que do interior da residência tinha subtraído um cofre, dinheiro e um cartão de débito, o que levou os agentes a detê-lo, recuperando os objetos furtados.

Na sequência de várias denúncias a PSP referenciou um indivíduo que se fazia passar por técnico das operadoras de telecomunicações (MEO, NOS e VODAFONE) para, a pretexto de uma intervenção técnica, entrar em casa de pessoas idosas, na sua maioria com idade superior a 80 anos de idade, de onde furtava joias, dinheiro e cartões bancários.

“Para a concretização dos crimes, as vítimas eram previamente contactadas telefonicamente pelo suspeito, que se identificava como funcionário de uma operadora de telecomunicações, a comunicar a existência de uma anomalia na rede que cobria a área da sua residência e da necessidade de enviar um técnico ao local para resolver a avaria. Poucos minutos depois comparecia à porta das mesmas e, vestindo coletes das operadoras, de forma a tentar corresponder ao perfil de técnico dos serviços de uma operadora, conseguia entrar no domicílio das vítimas”, revelou a PSP.

O indivíduo, apercebendo-se da vulnerabilidade das vítimas, além de furtar artigos valiosos, enganava-as e conseguia convencê-las a fornecer os códigos de acessos aos cartões bancários que já havia furtado.PUB

Em seguida, levantava dinheiro em caixas ATM e realizava compras na ordem das dezenas de milhares de euros.

“Durante a atividade delituosa, o suspeito depositou aproximadamente 170 mil euros em dinheiro nas suas contas bancárias, que tudo indicia corresponder ao lucro dos crimes perpetrados”, sublinha a Polícia.

Após a detenção, foram cumpridos quatro mandados de busca , tendo sido apreendidos
um carro (que o detido conduzia, mesmo sem ter carta de condução), três telemóveis, um cartão de débito, um colete cinzento, um par de óculos graduados, um cofre, sete televisores, artigos em ouro, perfumes de marcas diversas, óculos de sol de marcas conceituadas, vários eletrodomésticos, 295 euros em dinheiro, relógios de marca, diversas peças de vestuário e contratos de adesão das operadoras MEO, Vodafone e NOS.

A investigação permitiu ainda apurar que o suspeito se dedicava única e exclusivamente à prática de furtos em habitações de idosos em toda a Área Metropolitana de Lisboa.

Ouvido em primeiro interrogatório judicial, o indivíduo ficou em prisão preventiva.

In “JN”