À data da consulta feita pelo jornal Polígrafo, 31 de janeiro de 2022, a Lista Pública de Execuções apresentava um total de 192.349 registos, de entre os quais três pertencentes a António Filipe Dias Melo Peixoto. Com um intervalo de cerca de um ano entre as três execuções, Filipe Melo foi condenado pelo Tribunal Judicial da Comarca de Braga a pagar um total de 80.493,55 euros na sequência dos processos de execução.

O mais recente, extinto a 29 de novembro de 2021, resultou numa dívida de 771 euros. A mais elevada tinha sido incluída na Lista Pública de Execuções mais de um ano antes, a 2 de novembro e 2020, e resultava num total de 75.575,90 euros, como se pode confirmar na imagem infra.

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Confirma-se assim que as acusações dirigidas a Filipe Melo, eleito ontem deputado à Assembleia da República pelo partido Chega, têm sustentação factual. Esta lista pode ser consultada no portal Citius e identifica um a um os executados “em relação aos quais não se conseguiu encontrar bens penhoráveis suficientes para pagar as dívidas“.

Filipe Melo é também acusado de xenofobia dentro do partido, Filipe Melo escreveu um post na sua página pessoal de Facebook onde escrevia sobre Cibelli Pinheiro de Almeida, a então presidente da Mesa da Assembleia Distrital: “Não vai ser uma brasileira que vai mandar nos destinos de um partido nacionalista, patriótico. Nunca, não permitirei.”

Possivelmente alertado para o cariz xenófobo da publicação, Filipe Melo editou-a substituindo “brasileira” por “senhora”, inclusive no parágrafo final: “Se essa senhora não se preocupa com o futuro do partido e do nosso líder, vamos mostrar de que raça somos feitos.” Cibelli Almeida acabaria por se demitir e as eleições para a distrital de Braga do Chega, marcadas para dezembro de 2020, tiveram mesmo que ser conduzidas pela Mesa da Convenção Nacional.